Novo projeto na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel

Editado por Maite González Martínez
2017-12-01 11:46:30

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Por Maria Josefina Arce

Para modernizar a economia pensando no bem-estar da população, Cuba apostou no investimento estrangeiro em diferentes áreas e a cada ano lança renovado portfólio de negócios que desperta o interesse do empresariado de outras nações.

Neste ano, o país conseguiu captar mais de dois bilhões de dólares de capital estrangeiro, afirmou o ministro cubano do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca.

De janeiro a outubro passado foram aprovados 30 novos projetos, oito deles na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, na província de Artemisa, situada a uns 45 quilômetros a oeste de Havana, a capital.

Na mencionada Zona Especial – destinada a ser o carro-chefe da economia economia – foi colocada a pedra fundamental da fábrica NESCOR, uma empresa criada pela multinacional suíça Nestlé em parceria com a Corporação Alimentar Cubana S.A.

Com um investimento de 55 milhões de dólares, a fábrica produzirá e venderá café torrado, moído, em grão e outros derivados, biscoitos salgados e doces, produtos alimentícios em pó de marcas famosas.

NESCOR deve começar a produzir em janeiro de 2020. Sua entrada em funcionamento permitirá substituir consideráveis volumes de importação, uma das prioridades do governo cubano que tenciona investir esses fundos destinados a comprar alimentos para outras áreas de interesse social.

O projeto, de 20 anos de duração, trará a Cuba mais de 500 milhões de dólares de lucro.

Esta aliança suíço cubana representa uma relação de duas décadas, antecedida pela participação de ambos os parceiros nas empresas conjuntas Coralac e Los Portales, estabelecidas desde a década de 1990.

O novo investimento, o primeiro da Suíça na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, amplia a presença da Nestlé em Cuba e prova que os investidores estrangeiros confiam no processo cubano e na efetividade da política de investimento estrangeiro de Cuba, afirmaram as autoridades.

O vice-presidente executivo da companhia suíça, Laurent Freixe, comentou que a multinacional busca expandir sua presença em Cuba, viabilizando novas oportunidades de crescimento.

A indústria de alimentos cubana está mergulhada num programa de desenvolvimento até 2030 e, nessa direção, busca se transformar e fomentar novos projetos e áreas de prioridade, nas que a produção local é insuficiente: refrigerantes, águas, produtos derivados da carne, laticínios e o processamento de frutas e verduras.

A vice-ministra cubana da Indústria Alimentar, Betsy Díaz,  revelou que empresas da França, Itália, México, Espanha, Brasil, Eslováquia e Uruguai manifestaram interesse em investir no setor.

O objetivo é produzir para o consumo doméstico e exportar o excedente. Assim, se reverteria a situação atual na que Cuba se vê obrigada a importar praticamente 80 por cento dos alimentos que necessita, o que pressupõe um gasto anual de dois bilhões de dólares.



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