Um dos acordos mais importantes da recente Cúpula da CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, realizada em janeiro em Havana, foi criar um foro de cooperação com a China. Na última década, a região tem ampliado as relações políticas, comércio, investimento e intercâmbio tecnológico e científico com o país asiático.
A China rapidamente expressou sua satisfação com a decisão da CELAC. O presidente Xin Jinping elogiou a iniciativa que confirmou a aspiração mútua de ampliar a colaboração integral entre ambas as partes. As autoridades chinesas garantiram que manterão contatos com o mecanismo regional e contribuirão à criação formal do foro até o final deste ano.
Paralelamente, são dados outros passos nesse rumo. No final do mês se realizará na província de Guangdong o encontro intitulado “Ir à América Latina”, no intuito de promover e facilitar a colaboração em termos econômicos e de comércio. Os organizadores da reunião indicam que é preciso facilitar e dar assistência aos laços entre agências e empresas chinesas e as latino-americanas e caribenhas.
O encontro terá uma influência positiva na ampliação e diversificação dessas relações, no empenho mútuo de fortalecê-las. Analistas acreditam que existe um grande potencial nesse aspecto, baseado no crescimento acelerado do comércio e os investimentos.
O intercâmbio comercial da China com esta região aumentou de 10 bilhões de dólares no ano 2000 a mais de 260 bilhões em 2012. Aliás, o país asiático faz parte do grupo BRICS, no qual está também o Brasil. A China sempre teve boas relações com Cuba, que acaba de entregar a Costa Rica a presidência pro tempore da CELAC.
Sem dúvida, é muito importante a criação de uma plataforma entre essa nação da Ásia e o bloco regional, em favor do desenvolvimento e da cooperação integral, caracterizada pela igualdade e o benefício mútuo.
(M.J. Arce, 18 de fevereiro)