Por Maria Josefina Arce
Em nível mundial, Cuba é tida em alta consideração por ajudar outras nações não só em casos de desastres naturais, mas também para que outros povos tenham acesso a direitos humanos básicos como a saúde e a educação.
El Salvador é um dos países que conhece e agradece a postura solidária de Cuba. Num encontro na chancelaria do país centro-americano destacou-se o modelo cubano de cooperação solidária, desinteressada e humanista.
O pesquisador guatemalteco Henry Morales expôs um estudo sobre a ajuda oficial de Cuba ao desenvolvimento tirando a conclusão de que tal colaboração tem elevado impacto social apesar das limitações econômicas e dos ataques midiáticos.
Para Morales, a experiência cubana é digna de estudo, principalmente agora que os compromissos globais de cooperação são descumpridos, a maioria, ou chegam com condicionamentos que impedem o desenvolvimento local verdadeiro e pleno.
Centenas de profissionais da saúde cubanos ofereceram sua assistência solidária aos habitantes de El Salvador, especialmente aos que residem em zonas de difícil acesso, o que permitiu melhorar os índices sanitários nessas comunidades.
A Operação Milagre, uma iniciativa cubano – venezuelana, também chegou ao território salvadorenho. Milhares de moradores foram atendidos no quadro deste programa de reabilitação oftalmológica, concebido, em primeiro lugar, para os pobres.
Antigamente, os pacientes - diagnosticados pelos médicos cubanos – viajavam a Cuba e à Venezuela para serem atendidos de suas doenças oculares, mas após o acordo assinado em 2015 entre Havana e San Salvador, recebem atendimento médico diretamente em solo salvadorenho, o que permitiu multiplicar o número de pessoas que gozam deste benefício.
Por sua vez, uma brigada cubana de oftalmologistas, alfabetizadores, professores de educação física, e médicos salvadorenhos formados em Cuba, organizam jornadas de intervenção integral comunitária a fim de propiciar qualidade de vida através do atendimento médico primário, assim como o exercício físico.
Há vários meses, estes cooperantes trabalham em comunidades salvadorenhas num projeto conjunto com os Ministérios de Saúde, Educação e Segurança e outras entidades como o Instituto Nacional dos Esportes de El Salvador.
Jovens salvadorenhos se formaram na Escola Latino-Americana de Medicina – em Havana – que foi fundada em novembro de 1999 por iniciativa do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, após a passagem de dois devastadores furacões pela América Central.
Os graduados em medicina e noutras profissões, em Cuba, mantêm seu compromisso de colocar o que aprenderam à disposição do desenvolvimento social e econômico de seu país.
Igualmente, as autoridades julgam que o apoio do povo de Cuba à alfabetização em El Salvador tem sido fundamental. Mais de 70 municípios dessa nação foram declarados livres de analfabetismo, graças à implementação do método cubano YO SI PUEDO, reconhecido mundialmente por sua eficácia.
A ajuda cubana permitiu que o analfabetismo baixasse em 2016 a 10,14 por cento bem inferior a 17,97 por cento registrados há 10 anos. E, conforme as autoridades, as estatísticas têm a tendência de melhorar.
O povo e as autoridades de El Salvador agradecem a ajuda solidária de Cuba na luta contra as desigualdades e para resolver problemas como a educação e a saúde, sem ideologizar a ajuda, nem se intrometer em assuntos soberanos.