Por: Maria Josefina Arce
A presença em Nova York do presidente cubano Miguel Díaz Canel é uma oportunidade para trocar ideias com diferentes setores norte-americanos sobre o injusto bloqueio econômico, comercial e financeiro que os Estados Unidos mantêm contra o povo de Cuba.
O presidente cubano se reuniu na sede da ONU com congressistas republicanos e democratas norte-americanos e confirmou o desejo de Cuba de propulsar as relações entre as duas nações.
Diaz Canel afirmou que o recuo nas relações em tempos recentes e a permanência do bloqueio prejudicam os interesses dos povos cubano e norte-americano.
Os congressistas, por sua vez, falando para a agência noticiosa Prensa Latina e outros meios de imprensa depois do encontro com Diaz Canel, manifestaram a necessidade da cessação do bloqueio imposto por Washington e realçaram a importância de ampliar a cooperação entre os dois países.
Não é a primeira vez que senadores e representantes dos EUA se posicionam contra o bloqueio. Esta política provocou prejuízos estimados em 4 bilhões 321 milhões 200 mil dólares à Ilha, conforme os mais recentes cálculos de Cuba.
Em junho passado, em Washington, num painel intitulado “fomentar as capacidades agrícolas e econômicas”, os participantes coincidiram em as duas partes lucrariam com o fim do bloqueio e o estabelecimento de relações normais.
Daquela feita, o representante por Minnesota, Tom Emmer, afirmou que no tema do bloqueio a Cuba, o governo norte-americano tem estado do lado errado e assinalou que existe elevado apoio bipartidarista ao melhoramento das relações e à mudança de política.
Hoje em dia, afirmou, muitos querem relações mais estreitas com Cuba, mas infelizmente o governo do presidente Donald Trump só escuta um pequeno grupo de vozes e não boa parte dos membros do Congresso.
Nos últimos meses, vários representantes do órgão legislativo norte-americano que viajaram a Cuba reiteraram sua oposição ao bloqueio que endureceu depois de Donald Trump ter assumido a presidência.
Trump faz ouvidos moucos à opinião da maioria dos norte-americanos que deseja a cessação do bloqueio e apoia a normalização das relações entre as duas nações.
O presidente norte-americano também desdenha a comunidade internacional que, todos os anos, vota na Assembleia Geral da ONU pelo fim da atroz medida e hostil política, que afeta direitos humanos essenciais dos cubanos como a saúde e a educação.
O presidente cubano Miguel Diaz Canel afirmou em Nova York que leva à ONU a voz de seu país para denunciar a política aberrante do bloqueio norte-americano. É uma política que fracassou e continuará fracassando, sublinhou.