Por Maria Josefina Arce
Amigos de Cuba no mundo todo vêm a este país todos os anos para os festejos pelo Primeiro de Maio e desfilam ao lado do povo nas principais praças em gesto de solidariedade e apoio à Revolução.
Como é de costume, 24 horas depois do Dia do Trabalho assistem ao Encontro de Solidariedade, que se realiza em Havana. Neste ano, o número de participantes ultrapassou o do ano passado apesar de muitos delegados terem sido obrigados a driblar as leis do bloqueio norte-americano para poder estar em Cuba.
É uma mostra a mais do apoio que a Revolução tem no mundo e que atualmente adquire uma significação especial devido ao endurecimento da política hostil dos Estados Unidos contra a Ilha.
O secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba, Ulises Guilarte, agradeceu a presença dos delegados. Disse que eram corajosos e generosos aqueles que acompanham este país nestes tempos de agressão imperial.
Mais de 1.400 representantes de 103 organizações e 87 países de todos os continentes, a maioria da América Latina, compareceram ao encontro, que condenou a implementação do Capítulo 3 da Lei Helms-Burton no último dois de maio.
Os participantes denunciaram que essa lei viola o direito internacional e coloca barreiras adicionais ao desenvolvimento econômico de Cuba e às suas relações com outras nações interessadas em investir na Ilha.
O encontro também condenou a política de ingerência dos Estados Unidos contra a Venezuela, alvo de uma guerra econômica e de sistemáticos atos de agressão à sua soberania e independência.
Inúmeras vozes se ergueram para defender os venezuelanos e manifestar seu apoio ao presidente Nicolás Maduro, ratificado pela vontade do povo nas eleições de maio do ano passado.
Igualmente, clamaram pela liberdade do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, condenado injustamente por suposta corrupção.
Ademais, a reunião lançou a convocação do Encontro Hemisférico Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e contra o Neoliberalismo, que acontecerá no mês de novembro deste ano, em Havana, com a participação de todos os segmentos comprometidos, para impedir o avanço da direita na América Latina.
O Encontro de Solidariedade a Cuba, que reúne inúmeros amigos do povo cubano a cada dois de maio, é o espaço perfeito na busca de consenso na articulação de uma estratégia de luta contra a agressividade da direita.
Um encontro que alenta os cubanos a continuarem defendendo a Revolução e suas conquistas, porque sabem que não estão sozinhos e contam com o apoio de muitas pessoas no mundo.