A ALBA, Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, e a PETROCARIBE têm como meta erradicar a fome e a pobreza extrema na região na próxima década.
Esse tem sido o rumo dos dois mecanismos de integração desde que surgiu a ALBA, em 2004, e a PETROCARIBE, no ano seguinte, ambas por iniciativa do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, partindo dos princípios da solidariedade.
O assunto foi abordado na recente Cúpula da CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, realizada em janeiro passado em Havana, onde os países membros assumiram o compromisso de levar adiante essa agenda.
Nos últimos anos surgiram numerosos projetos encaminhados a erradicar esses flagelos na região, que conta com fartos recursos naturais e grande potencial humano, desaproveitados ao longo de décadas de políticas neoliberais que agravaram a fome e a pobreza.
Em recente encontro em Caracas, os integrantes da ALBA-PETROCARIBE decidiram incentivar a produção de alimentos em cada país em busca de promover o autoconsumo nessa área, que constitui um dos desafios da humanidade.
O acordo energético vai criar um fundo de mais de 60 milhões de dólares para contribuir a reduzir a fome e a miséria nos próximos cinco anos. O esforço conta com o apoio técnico da FAO, Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação. Essa agência das Nações Unidas tem destacado o interesse dos países membros da ALBA em melhorar a qualidade de vida da população através de políticas sociais.
A FAO desenvolve em várias nações programas para fomentar a irrigação, a pesca e o desenvolvimento agrícola e florestal. Em Cuba, tem dado assistência técnica em termos de segurança alimentar e incremento da produção agrícola.
Aliás, a entidade da ONU reconhece o trabalho feito pelas autoridades cubanas nesse aspecto, o que levou o país a ser considerado um dos que já alcançou os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio quanto à erradicação da fome.
A América Latina tem o potencial suficiente para deixar para trás a miséria e a fome de seus habitantes, se contar com a disposição política dos governos. O representante regional da FAO, Raul Benítez, expressou seu otimismo e afirmou sua esperança em que esta seja a última geração de latino-americanos e caribenhos em conviver com esse flagelo social.
(M.J. Arce, 9 de abril)