M.J. Arce
Em 2020, o Convênio Integral de Cooperação entre Cuba e Venezuela completa 20 anos desafiando as medidas coercivas dos EUA contra as duas nações latino-americanas, e continua cada vez mais firme como mecanismo de solidariedade e para o desenvolvimento dos povos de ambas as nações.
Muitas barreiras impõem as sanções contra Caracas e o ferrenho bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Havana. Por exemplo, truncam projetos binacionais em setores tão sensíveis como a saúde e a educação.
Todavia, cubanos e venezuelanos estão determinados a continuar fortalecendo este acordo, nascido graças à visão estratégica e humanista do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, e do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez.
Em dias recentes, em Havana, representantes das duas nações analisaram o andamento do Convênio Integral de Cooperação e delinearam os objetivos do próximo ano, para continuar implementando os programas de benefício social.
No âmbito da aliança estratégica, até agora foram assinados mais de 1.400 projetos de intercâmbio, dando ênfase aos serviços sanitários, fornecimento de medicamentos, assessoramento e treinamento de recursos humanos nos programas educativos, esportivos, culturais e produtivos.
Em seus 19 anos de existência, o mencionado convênio possibilitou que mais de 227 mil cubanos oferecessem seus conhecimentos ao povo venezuelano para contribuir a melhorar seu acesso à saúde, à educação e à cultura.
Na área de saúde, a colaboração se reforçou com um programa insígnia implementado por Hugo Chávez em 2003: a Missão Bairro Dentro, que compreende desde a criação de postos médicos nas comunidades mais excluídas até o atendimento médico especializado, preventivo e gratuito na Venezuela.
Bairro Dentro prestou até agora mais de 62 milhões de consultas médicas e por volta de 97 mil cirurgias.
Venezuela também avança no programa de atendimento ao paciente diabético com o medicamento cubano Heberprot-P, único de seu tipo no mundo e reconhecido no planeta por sua eficácia na redução do risco de amputação dos membros inferiores.
Já o método educacional cubano “Yo si, puedo” consolidou o processo de inclusão e transformação social bolivariano ao diminuir a taxa de analfabetismo a 2,2%.
No setor da cultura, a cooperação permitiu salvaguardar, promover e difundir o patrimônio venezuelano proporcionando lazer sadio à população.
Cuba teve acesso aos benefícios oferecidos pelo Convênio Energético de Cooperação de Caracas para o fornecimento de petróleo e hidrocarbonetos que usufruem, também, outras nações do Caribe em condições preferenciais.
Cuba reiterou sempre sua solidariedade ao povo venezuelano e há de mantê-la apesar das pressões e chantagens dos EUA e de seus aliados na região.