Por Maria Josefina Arce
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – elogiou o trabalho de Cuba nas áreas de competência dessa agência da ONU, à qual pertence desde 1947.
Cuba e a UNESCO sustentam excelentes relações que se intensificaram após a vitória da Revolução em janeiro de 1959 porque o governo da Ilha sempre deu prioridade ao desenvolvimento da ciência e à elevação do nível educacional e cultural do povo cubano.
Fraterno e fluente tem sido o diálogo entre as duas partes e se consolidou com as visitas a Cuba da anterior diretora-geral da UNESCO Irina Bokova, que sempre manifestou especial admiração e carinho pelo povo de Cuba.
Em Paris, durante encontro com o ministro cubano da Cultura, Alpidio Alonso, a atual diretora-geral do organismo, Audrey Azoulay, realçou a contribuição da Ilha para a ciência, a educação e a cultura.
A funcionária também manifestou grandes expectativas em relação à viagem que fará no mês que vem a este país que ajudará a aprofundar os vínculos entre as duas partes.
A UNESCO realizou atividades de cooperação específicas para Cuba, que também participou e se beneficiou das atividades de alcance regional promovidas pelo organismo.
Ao longo dos anos, esta agência da ONU acompanhou o desenvolvimento da educação em Cuba completando os esforços nacionais concentrados no setor, com entrega de material didático, equipamentos e capacitação de pessoal docente.
Por sua vez, Cuba deu assessoramento em campanhas de alfabetização noutras nações, numa modesta contribuição para os esforços mundiais concentrados em educação para todos.
O método cubano de alfabetização “Yo Si Puedo” altamente reconhecido pela UNESCO, permitiu que perto de 10 milhões de pessoas no mundo, especialmente na América Latina, tivessem aprendido a ler e escrever.
Na década de 70 do século passado, começou a cooperação no setor de ciências naturais que abrange um vasto leque de disciplinas, desde a meteorologia até a biotecnologia.
O reconhecimento de várias áreas naturais de Cuba como “reserva da biosfera” permitiu sua integração à Rede Mundial das reservas de biosfera se beneficiando do apoio constante da agência multilateral.
Uma das áreas de cooperação fundamental tem sido a que tem a ver com o resgate, conservação e desenvolvimento do patrimônio nacional.
O apoio permitiu a criação, na década de 1980, de um Centro Nacional de Conservação, Restauração e Museologia para enfrentar o desafio que significava a restauração do Centro Histórica de Havana e, em geral, do patrimônio material do arquipélago.
Ao longo de décadas, Cuba e a UNESCO compartilharam experiências e se beneficiaram de sua estreita relação. Caminharam juntas na consecução de um mundo muito mais justo, equitativo e inclusivo, onde a educação, a ciência e a cultura estão ao alcance de todos e são instrumentos do desenvolvimento sustentável.