Sociedade colombiana exige o fim da violência

Edited by Lorena Viñas Rodríguez
2020-07-02 12:27:07

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Por Maria Josefina Arce

Os assassinatos de líderes sociais, camponeses e ex-guerrilheiros na Colômbia ocorrem dia a dia, e são mais e mais as vozes que reclamam do presidente Ivan Duque que ponha fim a essa situação.

No final de 2016, foram assinados em Havana os históricos acordos de paz entre o governo do então presidente Juan Manuel Santos e a ex-guerrilheira Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as FARC. Desde então não cessam as ações violentas contra os antigos guerrilheiros.

Em quatro anos, foram assassinados 214 ex-rebeldes, que tinham entregado as armas em cumprimento do pactuado. Só nos primeiros meses de2020 ao menos 25 foram assassinados, revela o Instituto de Estudos para a Paz.

A observância do estipulado e a vontade dos membros da antiga guerrilha de reincorporar-se na sociedade e deixar atrás um conflito armado de mais de cinco décadas de duração não foi correspondida pelo governo do presidente Duque, que leva quase dois anos no poder.

Com relação ao assunto, a senadora colombiana Victoria Sandino afirmou: “seu governo deve garantir a vida das pessoas que assinamos o acordo de paz mediante sua implementação”.

Já o congressista Ivan Cepeda ponderou que a militarização não é uma resposta acertada; as demandas históricas da comunidade devem ser atendidas, como estipula o acordo de paz.

A Colômbia continua mergulhada numa espiral de violência. Passaram-se seis meses do presente ano e já se contam dezenas de assassinatos, inclusive uma menina indígena foi violada por militares colombianos.

Os acordos de paz correm perigo, muitos advertiram sobre os riscos. Organizações internacionais manifestaram preocupação pela violência que estremece o território colombiano e o descumprimento do pactuado após longos anos de intensas negociações.

Porém Ivan Duque, desde que assumiu a presidência em 2018, prefere fazer vista grossa aos reclamos cada vez mais fortes da sociedade colombiana que insiste em que se cumpra o pactuado há quatro anos para que a paz finalmente seja instaurada na Colômbia.



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