Mentiras e omissões

Edited by Lorena Viñas Rodríguez
2020-07-14 12:21:33

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Por Guillermo Alvarado

Aflito, porque está perdendo nas intenções de voto na Flórida, um de seus feudos tradicionais, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump viajou a esse estado para salvar a situação ante uma derrota anunciada.

Lá, falou em dois lugares. Primeiro deu uma chegada ao Comando Sul e, depois a uma igreja, mas não qualquer uma, foi no denominado Centro de Adoração de Jesus, fundado pelo pastor de origem cubana Frank López. Vale recordar que nesse centro se reúne uma parte dos contra-revolucionários cubanos.

Um dos membros da mencionada congregação é Alexander Alazo, que tinha atacado a tiros recentemente a embaixada cubana em Washington e agora goza da proteção dos aparatos de investigação e justiça dos Estados Unidos.

Pois bem, Trump pronunciou discursos abarrotados de mentiras e cometeu grosseiras omissões, a pior delas é que não deu a menor bola à grave situação provocada pela pandemia da Covid-19 entre a população da Flórida.

Naquele estado norte-americano, só no sábado passado houve 15 mil novos casos e somam, em total, 270.500 com 4.200 mortos.

No Comando Sul, Trump disse uma mentira do tamanho de um estádio de futebol ao afirmar que a operação antidrogas contra a Venezuela, faz três meses, tinha sido um sucesso total.

Seus conhecimentos de geografia são fracos, parece que não sabe que as drogas consumidas pelos norte-americanos – principal mercado mundial – são produzidas na Colômbia e exportadas da Colômbia, cujo presidente é seu grande amigo, ou vão do México, seu vizinho, e os opióides são enviados do Afeganistão, ocupado militarmente.

Venezuela não fabrica, nem vende drogas.

Donald Trump também informou que vão continuar as agressões contra Cuba e Venezuela. Diz ele que mantém ambos os países sob controle. O que é isso? Uma brincadeira de mau gosto, ou uma asneira?

Na igreja, se comprometeu em derrotar o socialismo, mas esqueceu dizer que este sistema permitiu a Cuba o êxito que está colhendo na luta contra a Covid-19, o que certamente muitos norte-americanos invejam.

Igualmente fez uso da palavra o pastor de origem cubana Mario Bramnick. Disse a Trump que ele é o único que se interpõe entre o socialismo e o capitalismo.

Esse sujeito merece um aparte. Hoje só direi que tem um escritório na Casa Branca, é membro da equipe de campanha de Trump e peça chave do lobby sionista para América Latina. Vamos continuar esmiuçando o assunto, em outros comentários.



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