O mandato de Jair Bolsonaro tem sido agitado, polêmico e muito questionado desde que assumiu a presidência em janeiro de 2019, no Brasil. Nos últimos tempos, boa parte da cidadania reclama seu afastamento, farta de sua péssima gestão da Covid-19,  suas irresponsáveis ações e declarações sobre o tema, e sua política ambiental, econômica e social.

No último fim de semana houve novamente grandes manifestações contra o presidente. Fora Bolsonaro! É o grito que se repete e percorre o Brasil todo faz muitos meses.

Os mais recentes protestos foram liderados pelas mulheres, sob o lema “Bolsonaro nunca mais”. Os participantes assinalaram que não se pode coexistir cm um governo que destrói a vida e os direitos humanos todos os dias.

Com mais de 600 mil mortos de Covid, o Brasil é o segundo país com pior saldo em nível mundial, só superado pelos EUA. Os manifestantes criticaram a péssima gestão e o comportamento irresponsável do presidente com relação à doença.

Diversas organizações políticas, sociais, sindicais e de direitos humanos aderiram às manifestações, que denunciaram, também, o desmantelamento pelo atual governo das políticas públicas que vinham produzindo importantes avanços sociais beneficiando particularmente as mulheres.

Os protestos populares, todavia, não são as únicas dificuldades que defronta Bolsonaro. Suas incríveis declarações sobre as vacinas contra a Covid-19, que agora associou à AIDS, fizeram com que o Supremo Tribunal ordenasse nova investigação contra ele por difundir notícias falsas.

Em um vídeo, retirado pelas redes sociais, Bolsonaro comenta supostos informes do governo britânico segundo os quais s AIDS avançaria rapidamente nas pessoas que tivessem completado o esquema de vacinação contra a Covid.

As declarações do presidente foram desmentidas pelas autoridades de Londres e a Sociedade Brasileira de Infectologia, entre outras organizações médicas.

Em outubro passado, a Comissão do Senado que investigou a crise da Covid-19 no Brasil recomendou que Bolsonaro fosse imputado por sua gestão. O relatório final acusa-o de nove delitos diferentes, crimes contra a humanidade inclusive.

A Suprema Corte tem abertas indagações contra Bolsonaro sobre intento de compra fraudulenta da vacina índia Covaxin e outros casos que têm a ver com o sistema eleitoral.

Boa parte da população brasileira reprova o desempenho de Bolsonaro como presidente. Nos três primeiros meses de governo já era considerado um dos presidentes mais impopulares na história do Brasil. Hoje, mais de 53 por cento dos brasileiros consideram péssima sua gestão.