O mundo é testemunha de uma das mais prolongadas e graves violações dos direitos humanos: o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba faz quase sessenta anos.
Os cubanos padecem as limitações que impõe esse cerco econômico. A vida de cada família, sem exceção, é afetada pelos efeitos dessa política desumana, que ao longo de 2020 e neste ano foi o principal obstáculo para o combate à Covid-19.
Como resultado das sanções endurecidas sob o governo de Donald Trump e mantidas pelo atual governo de Joe Biden, o sistema cubano de saúde se viu privado da compra de tecnologias, medicamentos e material sanitário apropriado.
O trabalho de várias empresas da indústria biofarmacêutica cubana também foi prejudicado, como o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia e o Instituto Finlay de vacinas, ligados diretamente aos esforços concentrados pela nação no combate à pandemia.
Impediram, inclusive, a chegada de doações de insumos médicos à Ilha. O propósito de Washington era propiciar que a pandemia provocasse números incontroláveis de contagiados e mortos, e criar descontentamento na população.
As medidas, próprias dos tempos de guerra, impedem o fluxo regular e institucional das remessas de dinheiro às famílias cubanas e obstaculizam as relações com os cubanos que vivem nos Estados Unidos e a reunificação familiar.
A comunidade internacional rejeita o bloqueio, a maioria dos norte-americanos também. Estes vêem cerceado seu direito a viajar livremente a Cuba.
Os EUA fazem ouvidos moucos às reclamações de sua população e da grande maioria das nações, que um ano atrás do outro, desde 1992, se pronunciam na ONU pela cessação do bloqueio, que provocou em Cuba, de abril de 2019 a dezembro de 2020, prejuízos calculados em mais de nove bilhões de dólares.
Estados Unidos estão sozinhos. Isto fica provado pelas votações na Assembleia Geral da ONU, que sempre favorecem Cuba, ou seja, o fim do bloqueio, e as declarações de apoio ao povo cubano de personalidades políticas, organismos regionais, parlamentos, associações de amizade e cidadãos de diferentes lugares do planeta.
O movimento de solidariedade demonstra o que sente boa parte da comunidade internacional.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador afirmou que ninguém tem o direito de estrangular um povo, isso é vil, é uma canalhada, sentenciou.
Em quase sessenta anos, o bloqueio ocasionou a Cuba prejuízos estimados em 147 bilhões 853 milhões de dólares e violou os direitos humanos elementares de mais de onze milhões de cubanos, que aspiram a viver em paz e construir um país melhor.