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Por Maria Josefina Arce
Neste tempo, é urgente a solidariedade e a articulação de projetos comuns do Sul para aumentar a resistência e reduzir a vulnerabilidade dos países menos desenvolvidos diante dos efeitos adversos da mudança climática.
Por isso, Cuba, como presidente pro tempore do G77+China, promove o diálogo e a cooperação para enfrentar o impacto desse fenômeno na biodiversidade, economia, sociedade, segurança alimentar e a saúde.
Nos últimos dias, Havana tem sido um espaço perfeito para o diálogo e a troca de experiências sobre esta problemática entre as nações membros do mencionado grupo de articulação política, que representa 80% da população do planeta.
No âmbito da reunião de altas autoridades e ministros de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação do bloco, Cuba exortou a trabalhar juntos, unidos, pois os desafios ambientais não têm fronteiras.
A Ilha expôs as ações implementadas no território nacional ao espírito do compromisso que tinha assumido com o cuidado do meio ambiente e cumprindo o aprovado na Constituição de 2019 que estabelece o direito de desfrutar de um ambiente sadio e equilibrado.
Nesse sentido, colocou à disposição dos presentes sua experiência e os feitos de sua comunidade científica, que tributa ao programa do Estado para o enfrentamento à mudança climática, conhecido como Tarefa Vida.
O mencionado programa compreende cinco ações estratégicas e 11 tarefas dirigidas a neutralizar os prejuízos nas regiões vulneráveis. Sua implementação foi incumbida ao ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.
Nesta direção, também se insere a recente criação da Fundação Climática Iris Unidos pelo Clima, que busca sistematizar o conhecimento científico para ser aplicado no desenvolvimento econômico e social, ante o impacto da mudança climática.
A entidade será, também, uma via para a troca de conhecimentos, a promoção de estudos sobre essa temática e a difusão de seus resultados.
O encontro ministerial do Grupo dos 77+China fez parte da 14ª Convenção de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que congregou representantes de mais de 20 nações.
A reunião do bloco deixou clara a importância que os países membros concedem à cooperação Sul-Sul, uma via promovida por Cuba como nação, e agora como presidente pro tempore, a fim de enfrentar juntos os efeitos nocivos da mudança climática.