Buscando relações de igualdade

Edited by Irene Fait
2023-07-19 17:41:12

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Participantes en III Cumbre Celac-UE.

Por Maria Josefina Arce

América Latina e o Caribe deixaram clara sua postura em Bruxelas defendendo as relações de igualdade com a União Europeia que acabem para sempre com a visão colonialista e contribuam para o bem-estar dos povos de ambos os lados do Atlântico, sem exclusões, nem imposições.

Na recém-encerrada Cúpula com a União Europeia, a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) mostrou que é um interlocutor forte, com posições comuns em importantes assuntos.

Os chefes de Estado e de Governo das nações latino-americanas e caribenhas insistiram em que é necessário retomar as relações entre duas regiões, pois ambas compartilham história, cultura e tradições embora tenham diferentes níveis de desenvolvimento.

Os pronunciamentos coincidiram na necessidade de intensificar um diálogo político transparente e uma cooperação proveitosa para todos. É vital, portanto, uma nova visão de integração entre as duas regiões, em condições de igualdade e respeito.

Ralph Gonsalves primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas sublinhou que para alcançar o êxito é preciso abrir mão, primeiro, do conceito de que os fortes impõem o que dê na telha e os fracos sofrem. Isso vem prejudicando o mundo todo, especialmente os povos de América.

O encontro de Bruxelas mostrou que existe um vasto campo de cooperação no comércio e nos investimentos, entre outras áreas. Anunciaram que foi disponibilizado um fundo de 45 bilhões de euros para 135 projetos.

E no caminho de relançar as relações, tomou-se a decisão de realizar um encontro bianual no mais alto nível e criou-se um mecanismo para o monitoramento desses temas.

A mudança climática também esteve presente nos debates, e estampada na Declaração Final do evento, que decorreu durante dois dias na capital da Bélgica.

O documento também condena o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba há mais de sessenta anos e a inclusão da Ilha na lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.

Da mesma forma, apoia o processo de Paz na Colômbia e as negociações do governo do presidente Gustavo Petro com o guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) e outros grupos armados.

Tanto a CELAC quanto a União Europeia mostraram satisfação com o encontroo, que deve marcar um novo caminho para relações bilaterais com respeito, nas que sejam levadas em consideração os interesses e as prioridades de cada lado.



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