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Por Maria Josefina Arce
Os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro transformaram o Brasil num país inseguro, que se encaminhava a imitar Estados Unidos no que se refere à proliferação de armas de fogo na sociedade e ao aumento de violência armada.
Informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelaram que no final do governo de Bolsonaro tinha aumentado em 241% o número de armas de fogo nas mãos de civis.
De acordo com o Anuário, o número de armas entre os civis superou o dos órgãos públicos, e quase um terço das mesmas tinha registro vencido.
Bolsonaro, quando assumiu a presidência do Brasil em 2019, relaxou os requisitos para comprar armas e munições e as quantidades permitidas por pessoa.
A proliferação das armas de fogo levou ao auge a violência no Brasil, nos últimos anos, chegando às escolas. Em novembro do ano passado, os ataques contra duas escolas do estado de Espírito Santo deixaram quatro motos e 13 feridos e conturbaram toda a sociedade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprindo uma de suas promessas eleitorais assinou em dias recentes um decreto que acabou com a flexibilização do porte de armas.
As novas normas recuperam restrições e limitações para a aquisição de munições e armas e reduzem o número das últimas em mãos de civis.
Da mesma forma, passa o controle do Exército para a Polícia Federal e diminui de 10 a três anos a validade dos registros de posse de armas de fogo.
O governo também criará um programa de recompra de armas, a adesão será voluntária, a fim de tirar o maior número possível de circulação, uma estratégia que tinha sido posta em prática durante o primeiro governo de Lula.
Centenas de milhares de armas de fogo foram retiradas das ruas em 2005 através da campanha de desarmamento promovida por Lula. Estudos revelam que a mencionada campanha impediu a morte de quase seis mil brasileiros.
O governo de Lula trabalha por um Brasil desarmado, mais seguro para todos, onde as crianças e a juventude não corram risco pelo mero fato de ir ao colégio.