Cartel de FIHAV2023

Por Maria Josefina Arce

A Feira Internacional de Havana abre suas portas na segunda-feira e, no decurso da mesma, como de costume, será apresentado o novo portfólio de oportunidades de investimento estrangeiro, desta vez com um número maior de projetos dos governos provínciais.

O atual portfólio de oportunidades de negócios inclui 139 desses planos, 35 a mais do que o apresentado na edição do ano passado da maior feira comercial de Cuba e uma das mais importantes da América Latina e do Caribe.

Em seu discurso em julho passado perante a Assembleia Nacional do Poder Popular, o ministro cubano de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Ricardo Cabrisas, destacou que o capital estrangeiro deve ter uma presença maior no progresso das províncias devido à sua contribuição para as exportações e para a recuperação da produção tradicional nesses lugares.

Cuba procura atrair o investimento estrangeiro, tendo sempre em mente os eixos estratégicos contidos no Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até 2030 para o maior bem-estar de seus cidadãos.

O país tem trabalhado para eliminar os obstáculos que afetam negativamente a atração de capital estrangeiro e para gerar novas oportunidades que sejam atraentes para os empresários estrangeiros.

Diante da complexa situação econômica do país devido à intensificação do bloqueio dos Estados Unidos e mais de dois anos de pandemia da COVID-19, o atualizado portfólio de oportunidades de negócios tem novos planos destinados a abastecer o mercado interno com produtos de primeira necessidade e suprimentos para a indústria nacional.

De acordo com as autoridades, o propósito é aumentar o investimento em setores prioritários, como produção de alimentos e transporte, que estão enfrentando sérias dificuldades.

Setecentos e vinte e nove projetos estão incluídos no portfólio atualizado, o que certamente despertará o interesse dos empresários que participarão da Feira internacional de Havana.

Em maio passado, de acordo com as autoridades, havia mais de 300 empresas com investimento estrangeiro no país, um número que inclui 167 contratos de Parceria Econômica Internacional, 106 joint ventures e 57 com capital totalmente estrangeiro.

Investidores de 40 nações estão envolvidos nesses projetos, com uma presença maior de investidores da Espanha, Itália, México, Vietnã e China.

Cuba destacou que, mesmo nas difíceis condições dos últimos tempos e com a ameaça de sanções devido ao caráter extraterritorial do bloqueio, muitos empresários se mantiveram ao nosso lado e muitos mais manifestaram seu interesse em investir em nosso país, dado seu potencial e  seus recursos humanos bem preparados.