Os resultados das eleições gerais no domingo passado no Brasil e Uruguai confirmam o desejo da população de dar continuidade às transformações socioeconômicas em curso nos dois países, e demonstram um apoio claro à posição de integração e independência.
A presidente brasileira Dilma Rousseff foi reeleita para um segundo mandato apesar da forte campanha na mídia levada adiante pela oligarquia, segmentos da grande imprensa e forças externas ao longo de todo o processo eleitoral. Os ataques foram mais intensos nas semanas prévias ao segundo turno.
Rousseff levou vantagem na primeira votação e abocanhou cerca de 52% dos votos no domingo. Seu rival, o candidato do PSDB, Aécio Neves, foi identificado por muitos como o representante das classes mais altas. Isso se tornou evidente nas urnas, onde o apoio das camadas mais humildes da população foi importante no resultado obtido por Dilma Rousseff.
Sua reeleição mostrou o desejo de manter e melhorar as conquistas dos últimos 12 anos em setores chave como a alimentação, educação e saúde, entre elas programas como o Bolsa Família e o Mais Médicos, a subida do salário mínimo e a geração de milhões de empregos.
No Uruguai, o resultado confirmou a liderança da Frente Ampla, cujo candidato à Presidência, Tabaré Vázquez, ocupou o primeiro lugar com 47% da preferência. Seu rival mais próximo, Luis Lacalle, do opositor Partido Nacional, teve 31,6%. Eles vão disputar o posto em 30 de novembro, no segundo turno das eleições.
O resultado significou um respaldo à política do governo uruguaio, que conseguiu baixar o índice de pobreza de 40 para 11%, melhorar a distribuição da riqueza e reduzir o desemprego. A Frente Ampla leva nove anos à frente do país e continua como favorita para levar adiante as transformações nesse país.
(M.J. Arce, 28 de outubro)