Bolívia: Corrida pelo SIM na reta final

Edited by Yusvel Ibáñes Salas
2016-02-15 10:18:24

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Faltando poucos dias para o referendo do dia 21 de fevereiro, que decidirá se o presidente da Bolívia Evo Morales, e seu vice Álvaro Garcia Linera, poderão se candidatar ou não para o posto em 2019, o chefe de Estado renovou sua confiança em que o SIM vai ganhar, apesar da campanha suja da direita.

Vamos ganhar a consulta, disse Morales, e afirmou que os opositores estão antecipando uma denúncia sobre suposta fraude na consulta popular afim de impedir a continuação das transformações que devolveram a dignidade e a estabilidade à nação andina, após décadas de governos corruptos e neoliberais que entregaram as principais riquezas do país aos estrangeiros.

O primeiro mandatário recordou que seu governo fez mais em 10 anos do que os anteriores em 180. Entre as principais conquistas podemos mencionar a recuperação das reservas monetárias internacionais, o crescimento sustentado da economia - inclusive em meio à crise financeira global-, a redução da pobreza, a nacionalização dos hidrocarbonetos e a eliminação do analfabetismo.

Uma oposição obtusa, dirigida desde o exterior com o apoio de entidades norte-americanas conhecidas por sua intromissão em assuntos domésticos de outros países, teima não reconhecer os méritos do governo de Morales e organiza campanhas difamatórias com o apoio incondicional de alguns meios de comunicação, a maioria nas mãos de empresários e setores da direita, que tentam confundir a população.

Certos jornais estão publicando pesquisas de opinião manipuladas, como a mais recente que oferece tendências “nacionais” adversas ao SIM nas intenções de voto, após entrevistar apenas 600 pessoas em um país de mais de 10 milhões de habitantes.

Por outro lado, meios de informação dentro e fora da Bolívia dão ampla cobertura às acusações diretas contra Evo Morales, como o jornalista opositor Carlos Valverde. A respeito do assunto, Morales assegurou que pode provar que em 11 de dezembro Valverde se reuniu com três diplomatas dos Estados Unidos na cidade de Santa Cruz.

Esclareceu, também, o caso de corrupção no Fundo Indígena: tão logo o governo soube do assunto – explicou - investigou mais de 400 funcionários dessa entidade e 29 deles foram levados aos tribunais.

Encerrando a campanha pelo SIM, o presidente boliviano assinalou que seu partido – Movimento ao Socialismo – cumpriu as promessas feitas no início de seu mandato: refundar a Bolívia e recuperar os recursos naturais que tinham sido privatizados por governos anteriores.

Agora, aposta em continuar as transformações com um plano estratégico que envolve investimentos milionários até 2020, principalmente no setor energético, para que o país acabe sendo o principal exportador de eletricidade do sul de nosso continente e consolidar todo seu potencial humano e econômico.



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