Havana, 22 de novembro (RHC).- O doutor Luis Alberto Pichs, reitor da Universidade de Ciências Médicas de Havana, destacou a qualidade da formação dos profissionais de saúde cubanos. Falando no programa “Mais que Médicos”, transmitido pela televisão, explicou que a carreira básica dura seis anos e desde o começo os estudantes se relacionam com os centros do sistema nacional de saúde, tanto nos hospitais quanto no atendimento primário.
Por sua vez, o doutor Jorge González, diretor de Docência do ministério de Saúde Pública e renomado médico legista, disse que ao contrário do ensino tradicional que prevalece no mundo dando prioridade ao aspecto curativo, em Cuba os alunos se preparam para preservar a saúde, tendo na mira a prevenção, tanto no individual quanto nas famílias e na comunidade, e inclusive no meio ambiente como fator que influi na saúde humana.
González lembrou que o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, impulsionou o desenvolvimento de uma rede de faculdades de medicina espalhadas pelo país, todas com o mesmo programa de estudo e com um exame único nacional, obrigatório para os formandos.
Entrevistada por nossa colega Danay Galleti, a doutora cubana Maylin Jiménez disse que seu trabalho desde que chegou ao Brasil em agosto de 2016 foi muito significativo no plano profissional e pessoal.
“A experiência que tive aqui tem sido maravilhosa. Do ponto de vista profissional permitiu me aproximar da população mais carente, conhecer suas necessidades, sua idiossincrasia, sua cultura e sua maneira de viver, e também contribuir com meu grãozinho de areia à solução de todos esses problemas e melhorar os principais indicadores de saúde”, afirmou a médica cubana.
“Do ponto de vista pessoal temos hoje sentimentos de alegria e de tristeza. De alegria porque voltamos à pátria com o orgulho do dever cumprido”, apontou a doutora Jiménez. Destacou que formou uma grande família com seus colegas de trabalho brasileiros e com as pessoas que atendeu nesse tempo, recebendo o reconhecimento a seu trabalho e compartilhando experiências. Frisou que o fim da participação no programa “Mais Médicos” foi uma medida necessária, em resposta às provocações e aos questionamentos à capacidade dos profissionais da saúde cubanos.
“Queremos reiterar nosso compromisso e disposição de servir ao Brasil ou a qualquer dos 168 países nos quais têm estado presentes os médicos cubanos ao longo de 55 anos de colaboração, e se o Brasil precisasse de nós noutro contexto, com muito amor voltaríamos a fazê-lo como fizemos até agora”, garantiu a doutora Maylin Jiménez.