Havana, 23 de fevereiro (RHC).- Em mensagem no Twitter, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel,reiterou o apoio à Venezuela ante as ameaças de intervenção militar dos EUA. Em sua mensagem apontou: “Venezuela não está sozinha. Mãos fora da Venezuela. Basta de pretextos falsos para encobrir planos sinistros”, advertiu.
Díaz-Canel exigiu o fim do cinismo, porque quem precisa ajuda humanitária são os povos empobrecidos por tantas bases militares e agressões imperiais.
Na Rússia, a porta-voz da Chancelaria, María Zajarova, denunciou o traslado de forças especiais e técnica militar perto do território venezuelano como preparativos para uma provocação. Disse que a manobra é promovida e dirigida pelos EUA.
Por sua vez, Nikolai Platoskin, chefe da cátedra de Diplomacia Internacional da Universidade de Humanidades de Moscou, externou em nome do povo russo a solidariedade aos povos e governos da Venezuela, Nicarágua e Cuba. Disse que os três países têm sido submetidos a fortes pressões dos EUA porque elegeram seu próprio caminho de ser livres, e não marionetes de Washington.
Em Caracas, a vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, tachou de show midiático o intento da direita de justificar a suposta ajuda humanitária com a imagem de uma falsa crise no país, e assim facilitar uma intervenção militar estrangeira, almejada pelos EUA.
Por sua vez, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, denunciou a tentativa de responsabilizar os militares venezuelanos com um incidente na fronteira com o Brasil. Indicou que ficou demonstrado que a Guarda Nacional Bolivariana não teve participação nos fatos.
No Uruguai, a Mesa Política da Frente Ampla contestou os que submetem a Venezuela ao bloqueio econômico e depois pretendem usar uma presumível ajuda humanitária como pretexto para agredi-la. No Chile, o chefe de Relações Internacionais do Partido Comunista, Eduardo Contreras, advertiu que o traslado de tropas anunciado pelos EUA e seus aliados não constitui uma simples ameaça e deve ser levado em conta.
Por outro lado, o presidente da Bolívia, Evo Morales, chamou à solidariedade à Venezuela ante a ingerência dos EUA e disse que é preciso assumir uma posição clara de rechaço às ameaças de intervenção militar e às provocações de guerra. “A agressão que vive a Venezuela transcende as diferenças políticas e nos obriga a tomar uma posição: estamos a favor do multilateralismo ou do unilateralismo, do direito internacional ou da barbárie, da paz ou da guerra”, postou Morales no Twitter.