Havana, 1º de maio (RHC).- Os cubanos comemoraram neste sábado o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, com atividades presenciais e virtuais condizentes com as restrições vigentes para evitar o contágio da Covid-19.
Os tradicionais desfiles populares na Praça da Revolução de Havana e nas cidades e povoados do país foram substituídos por inúmeras iniciativas, principalmente sem sair de casa. A data foi espelhada também na internet e nas redes sociais.
Na capital, as principais autoridades depositaram flores no monumento erguido ao Herói Nacional José Martí, prócer da independência, cujas ideias constituem o alicerce da Revolução cubana. Na cerimônia estavam o presidente Miguel Díaz-Canel, o primeiro-ministro Manuel Marrero e o secretário-geral da CTC – Central de Trabalhadores de Cuba, Ulises Guilarte.
Ao falar na ocasião, Guilarte destacou o protagonismo e compromisso patriótico dos trabalhadores cubanos, em momentos em que a nação enfrenta o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, intensificado nos últimos tempos, e a pandemia da Covid-19.
“Estamos cientes do cenário exigente e desafiante, mas também da concepção do líder histórico da Revolução, Fidel Castro, de que somente os que lutam têm o direito de triunfar”, apontou.
Ontem, deu início o Encontro Internacional de Solidariedade, a partir de Havana, que este ano teve de ser organizado online sob o lema “Unidos Venceremos”. O tema central é a luta pelo fim do cerco de Washington, considerado o maior empecilho ao desenvolvimento de Cuba e rechaçado pela imensa maioria da comunidade mundial.
Fernando González, presidente do ICAP – Instituto Cubano de Amizade com os Povos, ressaltou que mais de 80 participantes de outros países deram sua opinião nos debates online.
O Dia Internacional do Trabalho é celebrado em primeiro de maio para recordar a greve deflagrada nessa data, em 1886 nos EUA, para exigir o expediente de oito horas e outras reivindicações.
Vários dos que participaram do movimento paredista foram presos e executados, tendo passado para a história como os Mártires de Chicago. Em Cuba, a efeméride foi comemorada pela primeira vez em 1890, quando o então Círculo de Trabalhadores de Havana organizou uma passeata e um comício.
Aliás, nossa emissora, Rádio Havana Cuba, foi inaugurada oficialmente em primeiro de maio de 1961. Desde então, vem divulgando ao mundo a realidade do país e a de seus vizinhos latino-americanos e caribenhos, principalmente.
A “voz de amizade que percorre o mundo” expressa sua mensagem em sete idiomas: espanhol, inglês, português, francês, árabe, creole e esperanto.
