Havana, 11 de setembro (RHC).- Abel Prieto, presidente da instituição cultural cubana Casa de las Américas e ex-ministro da Cultura, denunciou a intensificação da política hostil dos EUA, que endureceram o cerco econômico, vigente há quase 60 anos, e pressionam governos da região para que não aceitem a colaboração médica desta Ilha em meio à pandemia.
Falando no diálogo virtual auspiciado pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura sobre o impacto e desafios da Covid-19 na América Latina e Caribe, Prieto sublinhou que brigadas médicas cubanas têm ajudado a enfrentar o Sars-Cov2 em mais de 40 países nos últimos meses, em contraste com os que veem a pandemia como um negócio lucrativo.
Frisou que a emergência sanitária global deixou evidente as profundas brechas do neoliberalismo, modelo defendido pelas elites ao longo de décadas, ao serem agravadas as desigualdades, a pobreza, a exclusão e os efeitos das mudanças climáticas.
Quanto às artes, a situação atual ampliou as desvantagens da criação popular ante a promovida pelos grandes monopólios que se encarregam de divulgar os produtos de teor comercial.
O intelectual cubano apontou que na pós-pandemia é preciso construir sociedades e economias mais inclusivas, e dobrar os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da chamada Agenda 2030.
“Estamos convencidos de que a única salvação para nossos povos, neste mundo pós-pandêmico que sonhamos, está na unidade”, ressaltou o presidente da Casa de las Américas.