Havana, 31 de janeiro (RHC).- O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, denunciou a campanha na mídia que manipula politicamente a situação no país em meio à intentona golpista promovida pelos EUA.
No Twitter, Arreaza tachou de inaudito e irresponsável o trabalho de jornalistas estrangeiros sem credenciamento no país com o propósito de distorcer os fatos e forjar escândalos nos meios de comunicação. Disse que muitos deles entram com visto de turista e realizam essa tarefa de maneira ilegal.
Por sua vez, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, afirmou que a única eleição pendente na Venezuela é a do Legislativo. O Parlamento se mantém ainda hoje em situação de desacato, portanto, inoperante. Num comício de apoio ao mandatário Nicolás Maduro no estado de Falcón, Cabello criticou o prazo de oito dias dado pela União Europeia para anunciar novas eleições presidenciais por considerar que se trata de uma ingerência nos assuntos internos do país.
Por outro lado, os governos do México e do Uruguai convocaram a uma conferência internacional com representantes de países e organismos contrários a uma intervenção estrangeira na Venezuela.
Na ONU – Organização das Nações Unidas, o representante permanente da Bolívia, Sacha Llorenti, denunciou que as ações dos EUA contra Venezuela constituem uma violação grave do direito internacional e da Carta desse organismo. Recordou as intervenções norte-americanas no Iraque, Líbia e Síria, comparáveis com o golpe de Estado em curso no país sul-americano.
Llorenti confirmou que o presidente boliviano, Evo Morales, está disposto a aderir à iniciativa do México e Uruguai em favor de um diálogo para resolver a situação sem ingerência externa.