Havana, 5 de fevereiro (RHC).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou o convite à oposição para abrir um diálogo em favor da reconciliação nacional e o entendimento.
Durante encontro com intelectuais em Caracas, Maduro insistiu na necessidade de conversar em busca de consenso apesar da negativa da extrema-direita e dos EUA, e rejeitou a postura do chamado Cartel de Lima e das autoridades norte-americanas que propiciam um golpe de Estado na Venezuela. Denunciou que essa manobra faz parte de uma fórmula agressiva e violenta que desconsidera os princípios fundamentais de convivência entre os povos.
O presidente venezuelano agradeceu a solidariedade de governos, organismos e movimentos sociais que reconhecem a legitimidade do seu mandato e estão a favor da estabilidade do país.
Por sua vez, a vice-presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Tania Díaz, afirmou que a oposição carece de respaldo político nessa nação, e por isso seus dirigentes apelam a seus chefes nos EUA que são os que definem a estratégia a seguir.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ofereceu seus bons ofícios para mediar num eventual diálogo entre as partes na Venezuela em busca de uma solução política. Disse que acompanha os acontecimentos com muita atenção e reiterou que é preciso encontrar uma saída pacífica.
Em Caracas, o Movimento de Amizade e Solidariedade Mútua Venezuela – Cuba condenou os intentos de restaurar no país um modelo neoliberal para facilitar o saque dos recursos naturais. Apontou que a oposição venezuelana almeja desmontar os avanços sociais e os mecanismos de integração, colaboração e solidariedade na região, que têm tido resultados significativos quanto ao índice de desenvolvimento humano.