Havana, 2 de maio (RHC).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou a cumplicidade dos EUA na intentona golpista da terça-feira passada, encabeçada por dirigentes da oposição.
Falando por ocasião das comemorações do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, Maduro apontou que essa operação foi dirigida diretamente desde Washington. Indicou que o governo norte-americano esquece que o povo venezuelano está disposto a dar suas vidas nas ruas pelo triunfo da Revolução Bolivariana. E convocou uma jornada nacional de diálogo e análise para abordar as mudanças necessárias no governo.
Por sua vez, o chanceler Jorge Arreaza reiterou que o diálogo é a única proposta viável entre o governo e a oposição. Em declarações ao diário espanhol “El País”, ressaltou o apoio das autoridades a mecanismos de contato da União Europeia e do chamado Grupo de Montevidéu para potenciar as conversações. Porém, disse que para resolver o litígio político a direita venezuelana terá de cumprir os acordos e não repetir o que ocorreu no começo do ano passado na mesa de contato na República Dominicana.
Nesse contexto, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, falou que os EUA devem pôr fim à ingerência nos assuntos internos da Venezuela e rejeitou a ameaça de intervenção militar nesse país. Em conversa telefônica com seu homólogo norte-americano, Mike Pompeo, Lavrov advertiu que as contínuas agressões de Washington contra a Venezuela têm consequências negativas para a estabilidade na região.