Havana, 21 de maio (RHC).- A China protestou pela venda de armamento dos EUA à Taiwan, considerando que se trata de uma ingerência em seus assuntos internos. Zhao Lijian, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, exigiu de Washington se manter afastado de assuntos como o status dessa Ilha, a situação em Hong Kong e o atual litígio fronteiriço com a Índia.
“A parte chinesa está profundamente insatisfeita e se opõe com firmeza a essas ações. Instamos os EUA a honrarem seu compromisso com o princípio de ‘uma só China’ e os três comunicados conjuntos, e imediatamente retire a anunciada venda de armamento e corte seus laços com Taiwan”, apontou.
O porta-voz rechaçou as críticas do secretário de Estado, Mike Pompeo, sobre a autonomia de Hong Kong e o projeto de lei apresentado no Congresso norte-americano para avaliar os direitos humanos e a democracia nessa região administrativa especial. Garantiu que a China está disposta a proteger sua soberania nacional, seus interesses de desenvolvimento e o princípio de “um país, dois sistemas” aplicado em Hong Kong.
Nesta quinta-feira começaram em Pequim as sessões da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, máximo órgão de assessoria nessa área no país asiático. Na abertura, no Grande Palácio do Povo, estava presente o presidente Xi Jinping.
Os mais de 2.000 participantes usaram máscaras, condizente com as medidas de prevenção da Covid-19. Entre outras questões, estão sendo examinadas a situação epidemiológica, a reativação da economia e os programas de erradicação da pobreza. Por sua vez, as sessões da Assembleia Popular Nacional darão início amanhã.