Havana, 29 de maio (RHC).- O UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância alertou que milhões de crianças no mundo poderiam mergulhar na pobreza por causa da pandemia.
Indicou que 86 milhões de menores afetados pelas dificuldades financeiras geradas pela Covid-19 se somariam até o final do ano aos quase 600 milhões que já estão nesse patamar. Dois terços dos ameaçados pela nova situação vivem na África Subsaariana e no sul da Ásia.
O UNICEF disse que para aliviar o problema seriam necessárias ações urgentes de ajuda às famílias que tiveram uma queda na capacidade de cobrir suas despesas básicas, inclusa a alimentação.
Esses menores têm menos possibilidades de acesso à educação a aos serviços de saúde. Nos países já conturbados por conflitos e violência o impacto da crise será maior, indica o informe da entidade.
Por sua vez, Mario Cimoli, secretário-executivo adjunto da CEPAL – Comissão Econômica para América Latina e Caribe, disse que a região deve modificar seu modelo de desenvolvimento a partir da nova geografia econômica, levando em conta os efeitos destrutivos da pandemia na economia e na sociedade.
Indicou que deve ser reduzida a dependência às manufaturas importadas e estabelecidas políticas na indústria que permitam fortalecer as capacidades de produção e o incentivo a novos setores estratégicos, além das pesquisas tecnológicas compartilhadas entre as nações da região.