Havana, 30 de junho (RHC).-O reverendo norte-americano Jesse Jackson afirmou que o assassinato de George Floyd por um policial em Minnesota acirrou a luta pela justiça social nos EUA.
Jackson, 78 anos, é um veterano defensor dos direitos civis nessa nação. Na década de 1960, ele foi assistente do lendário ativista pelos direitos da população negra Martin Luther King, morto num atentado.
Em declarações online à agência noticiosa Prensa Latina, o reverendo afro-americano disse que esta tragédia é frequente nos EUA, e os policiais responsáveis nunca foram presos. Indicou que o que aconteceu com Floyd foi o estopim dos protestos que tiveram eco no mundo todo contra o racismo e a brutalidade policial, e em favor da justiça social.
Jesse Jackson sublinhou que a pandemia atual atingiu mais a população negra, já afetada pelo desemprego e a carência de seguro médico, e criticou a resposta errada do governo ante a Covid-19, o que fez piorar a situação.
Disse que nas próximas eleições apoiará o candidato do partido Democrata, Joe Biden, e sublinhou que o voto é necessário como instrumento da democracia. “É uma obrigação para nós”, sublinhou o reverendo norte-americano.
Sobre Cuba, país que visitou várias vezes, elogiou seu sistema de saúde e a colaboração de suas brigadas médicas noutros países. Também lembrou a ajuda internacionalista que contribuiu a preservar a independência de Angola e à queda do regime de segregação racial na África do Sul, conhecido como apartheid.