Havana, 20 de janeiro (RHC).- Sacha Llorenti, secretário-executivo da ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, defendeu o multilateralismo na luta contra a Covid-19, e questionou a postura de alguns governos alinhadas ao neoliberalismo e aos interesses do mercado.
Ao abrir a reunião online do Conselho Social do bloco regional, ressaltou os efeitos que terá nos próximos anos a emergência sanitária global.
Llorenti lembrou que no começo da pandemia houve uma concorrência desleal entre nações pela aquisição de ventiladores pulmonares, meios de proteção individual e outros insumos, inclusive medicamentos.
“Não é a mão invisível do mercado a que resolverá o problema. Só será resolvido com um multilateralismo fortalecido”, sublinhou o secretário-executivo da entidade, e exaltou o valor da cooperação e a solidariedade.
Por sua vez, Raul Li, presidente do Banco da ALBA, anunciou a criação de um fundo humanitário para facilitar aos países integrantes do bloco o acesso a vacinas antiCovid-19, principalmente os do Caribe Oriental. Entre eles mencionou Granada, Antigua e Barbuda, São Cristóvão e Nevis, Dominica e São Vicente e Granadinas.
Sobre o assunto, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, disse que se fará uma negociação conjunta para obter as vacinas. “É preciso recordar que nossa aliança se baseia na solidariedade e nos princípios de união mais sensíveis que possam existir”, apontou.
E chamou o setor privado a se somar à ponte aérea a ser estabelecida com a companhia Conviasa para o traslado de vacinas, insumos e pacientes.