El presidente Pedro Castillo habla en la 52 Asamblea General de la OEA, en Lima, Perú, el 5 de octubre de 2022Ernesto Benavides / AFP
Lima, 11 novembro (RHC).- O projeto da oposição de acabar com o governo do presidente Pedro Castillo deu o primeiro passo, sexta-feira, ao ser aprovada a acusação de traição à pátria, que provocou críticas de políticos e juristas.
A decisão foi aprovada pela subcomissão de Acusações Constitucionais do Parlamento, com 11 votos em favor e 10 contra, quando Castillo dirigia uma reunião com líderes sociais no distrito de San Juan de Lurigancho. em Lima.
“Enquanto a gente se preocupa com os problemas do país, a subcomissão recomenda meu afastamento por traição à pátria. Não nos assusta, cá estamos pelo país, porque antes de tudo está o cidadão, e esperamos que o Congresso aja olhando para o povo peruano e não para as pessoas”, comentou Castillo.
O delito de traição à pátria é um dos poucos pelos que pode ser acusado e julgado um presidente e, segundo os acusadores, Castillo tinha cometido tal delito ao violar a Constituição.
O ministro da Justiça Félix Chero disse que o relatório sobre a acusação aprovado pelo grupo parlamentar não tem sentido nem fundamento e faz parte de um jogo político insensato.
“Até um estudante de direito pode descartar a acusação”, comentou ressaltando que “forçar uma figura com traição à pátria é um verdadeiro despropósito”.
O congressista de esquerda, Guillermo Bermejo, assinalou que o relatório aprovado pela subcomissão faz parte do conflito declarado por uma minoria golpista que arrasta o resto do Parlamento e exortou a defender a democracia.