Ramallah, 16 novembro (RHC) A ONG Defense for Children International-Palestine denunciou nesta quinta-feira que pelo menos 4.710 menores foram assassinados pelas tropas israelenses desde o início da agressão contra a Faixa de Gaza, em 7 de outubro.
Embora esse seja o número oficial divulgado pelas autoridades locais, estimamos que "o verdadeiro número de mortes de crianças é muito mais elevado, levando em conta as condições atuais em Gaza", disse a organização não governamental em sua conta no X.
Por sua vez, a ONG Save the Children alertou em comunicado que perto de 15 mil crianças nascerão no enclave costeiro entre 7 de outubro e o final do ano.
Todas elas correm sério risco por causa da escalada da violência e dos níveis críticos de atendimento médico, abastecimento de água e alimentos, disse a organização.
A Save the Children disse que cerca de 66.000 bebês nascerão em 2023 na Faixa de Gaza, onde cerca de 5.500 mulheres darão à luz somente no próximo mês.
A água potável é escassa, os alimentos e os medicamentos estão acabando e as mulheres grávidas e lactantes estão tendo dificuldades para encontrar alimentos, alertou.
Nesse sentido, Jason Lee, diretor da agência nos territórios palestinos, denunciou que "os bebês estão nascendo em um pesadelo".
Mulheres grávidas estão dando à luz sem assistência médica e bebês prematuros estão morrendo em incubadoras, disse Lee, pedindo a proteção dos hospitais e a entrada urgente de ajuda humanitária.
As crianças de lá estão à beira do abismo, especialmente no norte, porque não têm para onde ir e estão em grave perigo, e é por isso que pedimos o fim imediato dos ataques aos hospitais, disse. (Fonte: PL)