Buenos Aires, 20 de dezembro (RHC) Membros de dezenas de organizações sociais, sindicais e de direitos humanos marcharão nesta quarta-feira na Argentina para denunciar o plano de austeridade e as medidas antiprotesto do governo de Javier Milei.
De acordo com membros da Unidad Piquetera, a partir das 16h30, horário local, uma coluna de manifestantes sairá do Congresso e outra sairá do Obelisco na capital para convergir na Plaza de Mayo.
A manifestação coincide com o 22º aniversário da explosão social de 2001 que levou à renúncia do então presidente, Fernando de la Rúa, e tem entre seus objetivos condenar "o plano de ajuste e miséria de Milei e do Fundo Monetário Internacional e defender o direito de protestar".
Na semana passada, o ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou a eliminação de subsídios, a desvalorização do peso, o fim das obras públicas, a redução de ministérios, demissões no setor estatal e a redução ao mínimo das transferências para as províncias, entre outras ações.
Por sua vez, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, informou que a Gendarmaria, a Prefeitura Naval, a Polícia de Segurança Aeroportuária e a Polícia Federal, bem como o sistema penitenciário, intervirão em caso de bloqueios, piquetes e obstruções parciais ou totais de lugares públicos.
Se saírem às ruas, haverá consequências. Serão tomadas medidas até que o espaço esteja completamente livre e será usada a força mínima necessária e suficiente. Isso será graduado em proporção à resistência, disse.
E deixou claro que "os autores, cúmplices e instigadores desse tipo de crime" serão identificados, bem como os veículos utilizados, que serão apreendidos se não estiverem em conformidade com as normas de trânsito e se seus motoristas não tiverem os documentos necessários. (Fonte: PL)