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Havana, 1º de fevereiro (RHC) O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou a Agência de Refugiados da Palestina (UNRWA) como a espinha dorsal de qualquer resposta humanitária em Gaza e pediu garantir a continuidade de seu trabalho.
Dirigindo-se ao Comitê da ONU sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, ele pediu apoio à agência, que descreveu como uma tábua de salvação.
Guterres estendeu seu pedido no dia anterior, em uma reunião com cerca de trinta países e a União Europeia, doadores do organismo, a quem detalhou as medidas promovidas pela ONU, após as acusações de Israel, ligando 12 de seus membros às ações do Hamas, em 7 de outubro.
"Ressaltei a importância de manter o trabalho vital da UNRWA para atender às necessidades terríveis dos civis em Gaza e garantir a continuidade de seus serviços aos refugiados palestinos na Cisjordânia ocupada, na Jordânia, no Líbano e na Síria", acrescentou.
Ao mesmo tempo, o secretário-geral pediu respeito "em todos os momentos" à lei humanitária internacional, incluindo os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução nos ataques.
"O conflito em andamento e o bombardeio implacável das forças israelenses em Gaza resultaram em mortes e destruição de civis em um ritmo e escala como nunca vimos nos últimos anos", alertou.
O chefe da ONU pediu o cumprimento das decisões obrigatórias da Corte Internacional de Justiça, descrevendo o horror da agressão militar que mata e mutila populações, pessoal protegido e danifica ou destrói a infraestrutura.
Mais de 26.700 palestinos morreram desde o início da crise, sendo mais de dois terços deles mulheres e crianças, enquanto mais de 70% da infraestrutura civil (incluindo casas, hospitais, escolas, instalações de água e saneamento em Gaza) foram destruídas ou gravemente danificadas.
"O conflito deve terminar com um progresso tangível em direção a uma solução de dois Estados: o fim da ocupação e o estabelecimento de um Estado palestino totalmente independente, viável e soberano, do qual Gaza faz parte integrante", disse o secretário-geral das Nações Unidas. (Fonte: Prensa Latina)