Foto tomada de BBC News
Havana, 14 de março (RHC) O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, denunciou na quinta-feira, em Nova York, outro ataque em Gaza contra um carregamento humanitário, que deixou seis palestinos mortos e 83 feridos.
Descreveu a notícia como devastadora, particularmente para os trabalhadores humanitários no enclave, que já sofreram tantas perdas, e para as famílias que estavam tentando ajudar.
Em mensagem publicada no X, Griffiths condenou as constantes ameaças contra equipes e suprimentos na Faixa de Gaza e pediu o fim do conflito.
O incidente ocorreu quando as vítimas aguardavam a chegada de caminhões de ajuda na rotatória do Kuwait, na cidade de Gaza, um dia depois que um funcionário da Agência para os Refugiados Palestinos (Unrwa) e outras 22 pessoas ficaram feridas em ataque com bomba a um centro de distribuição de alimentos em Rafah.
Em comunicado, logo após este último incidente, o comissário geral da Unrwa, Philippe Lazzarini, disse que o armazém era um dos "pouquíssimos" pontos de distribuição restantes da agência.
"Os alimentos estão acabando, a fome é generalizada e, em algumas áreas, há fome", acrescentou Lazzarini.
O Escritório de Direitos Humanos relatou, de meados de janeiro até o final de fevereiro, 14 incidentes nos quais pessoas que se reuniam desesperadamente em busca de ajuda foram alvejadas e bombardeadas em duas entradas da Cidade de Gaza.
O ataque mais mortal matou 112 pessoas e feriu 760 em um evento cuja responsabilidade foi negada pelas forças de defesa de Israel.
Pelo menos mais cinco incidentes foram registrados desde 1º de março.
Por sua vez, o Ministério da Saúde de Gaza estimou que 69 palestinos morreram e 110 ficaram feridos entre a noite de 13 de março e a manhã de 14 de março.
O número total de vítimas dentro da Faixa de Gaza é agora de 31.341 mortos e mais de 73.134 feridos, desde 7 de outubro. (Fonte: Prensa Latina)