Foto: archivo/RHC
Havana, 15 de agosto (RHC) O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou Leopoldo López, foragido da justiça venezuelana, de ser o responsável pela organização e financiamento da violência ocorrida após a reeleição de Nicolás Maduro, em 29 de julho.
Em coletiva de imprensa, apresentou os depoimentos em vídeo de três líderes de organizações criminosas, encarcerados em diferentes prisões, que teriam sido os incumbidos de organizar e recrutar membros de grupos criminosos que participaram de "uma onda de violência instrumentalizada" para ignorar os resultados das eleições e gerar desestabilização e medo.
Saab disse que "esses bandidos queriam banhar o país em sangue e causar uma guerra civil, mas não conseguiram fazê-lo devido à ação rápida da justiça, das forças armadas e da polícia".
Ele se referiu ao membro da oposição venezuelana Gilber Caro, que está detido desde 2021, como o elo entre López e os três "pranes" ou líderes negativos das prisões que se encarregaram do trabalho logístico para desencadear a onda de violência, "crimes e atentados".
Nos depoimentos, que foram apresentados ao país na quinta-feira, o nome do fundador do partido de direita Vontade Popular é mencionado em várias ocasiões e acusado de fornecer recursos para gerar os eventos violentos.
O procurador-geral afirmou que as 25 mortes que ocorreram depois da divulgação dos resultados das eleições "são todas atribuíveis à extrema direita".
Sobre a natureza dos distúrbios, confirmou que as investigações mostraram que não foram protestos, mas "atos terroristas e criminosos nos quais grupos fora da lei mataram venezuelanos por motivos de ódio".
Saab não informou o número total de pessoas detidas até o momento, mas detalhou que os crimes imputados são: "homicídio por motivos fúteis, posse ilegal de armas de fogo, associação criminosa e terrorismo". (Fonte: RT)