Havana, 15 de setembro (RHC).- O chefe de Estado cubano, Raúl Castro, reiterou a necessidade de enfrentar com inteligência os problemas gerados pela passagem do furacão Irma, levando em conta as experiências anteriores com fenômenos naturais semelhantes no país.
Raúl, como presidente do Conselho de Defesa Nacional, encabeçou uma reunião com dirigentes do Partido Comunista de Cuba, do Estado e do governo para avaliar os danos ocasionados pelos fortes ventos, chuvas e a penetração das águas do mar em zonas do litoral, inclusa a capital. Foram definidas ações a serem tomadas durante a etapa de recuperação.
“O golpe foi muito forte e se estendeu por quase todo o país. Porém, com o trabalho árduo que está sendo feito, mais uma vez sairemos adiante”, garantiu Raúl Castro ao lembrar as tarefas empreendidas em Santiago de Cuba e Guantánamo, cidades afetadas pelos furacões Sandy em 2012 e Mathew em 2016, respectivamente.
O presidente cubano advertiu que a temporada ciclônica vai até 30 de novembro, e nesta ocasião tem sido intensa por causa das mudanças climáticas. Indicou que é preciso se adaptar a essa situação.
Na reunião informou-se que a passagem do furacão por várias províncias obrigou a evacuar mais de 1,7 milhão de pessoas. Do total, 86% ficou na casa de vizinhos ou parentes.
Alfredo López, ministro de Energia e Minas, disse que o problema mais difícil a resolver nesse setor é a avaria na usina termelétrica “Antonio Guiteras”, em Matanzas. A casa de circulação de água do mar para o sistema de esfriamento, elemento chave para o funcionamento dos geradores, foi destruída pela força das ondas.
Nesse contexto, o Conselho de Defesa de Havana, a capital cubana, chamou a trabalhar intensamente nos próximos dias para resolver as dificuldades geradas pelo furacão Irma. Na reunião, da qual participaram vários ministros e dirigentes, informou-se sobre o processo de restabelecimento do serviço de eletricidade e a limpeza de cisternas nas zonas do litoral invadidas pelo mar. Também, sobre o restabelecimento da circulação nas ruas e avenidas, o funcionamento dos centros de saúde e a abertura de pontos de venda de alimentos à população.
No Vietnã, a Corporação de Comércio e Investimentos Thai Binh doou material no valor de 150 mil dólares para contribuir às tarefas de recuperação. Na República Dominicana, um navio da Marinha desse país caribenho partiu rumo a Cuba com uma remessa de pranchas de zinco, portas de metal, colchões e outros itens.
Ontem, a Coordenadora Equatoriana de Amizade e Solidariedade a Cuba expressou seu respaldo ao povo e governo deste país e seu profundo pesar pela perda de vidas humanas e prejuízos materiais em consequência da passagem do furacão.