Havana, 4 de novembro (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, chamou a barrar as mentiras arvoradas pelo imperialismo para legitimar as injustiças do sistema capitalista, desqualificar as alternativas políticas progressistas e de esquerda, e destruir a identidade cultural dos povos como passo prévio à desestabilização das nações da região.
Ao encerrar o Encontro Antiimperialista de Solidariedade, pela Democracia e contra o Neoliberalismo, em Havana, Díaz-Canel garantiu que Cuba sempre acolherá os que defendem a paz e a solidariedade. Denunciou que o governo norte-americano ataca as revoluções cubana e venezuelana, o Foro de São Paulo, o sandinismo na Nicarágua, as lideranças políticas de esquerda no Brasil, Bolívia e Argentina, e os movimentos sociais, populares e progressistas na América Latina e Caribe.
O mandatário cubano sublinhou o envolvimento da OEA – Organização de Estados Americanos e do TIAR – Tratado de Assistência Recíproca nessa estratégia imperialista, que se consolida como instrumento de pressão política dos EUA e das oligarquias que defendem o neoliberalismo.
Díaz-Canel recordou que com essas mentiras cercaram Cuba ao longo de décadas, invadiram nações, massacraram povos e fizeram recuar o desenvolvimento em várias regiões. Acusam Cuba, Venezuela e o Foro de São Paulo de promoverem os levantes populares em todos os cantos do planeta enquanto fecham os olhos ante o clamor das pessoas nas ruas, indicou o presidente cubano, e frisou que o neoliberalismo é um fracasso econômico e um desastre social.
A Declaração Final do evento chama a fortalecer as ações de respaldo a Cuba e às demais causas justas no mundo, a luta contra a política hegemônica dos EUA, e a unidade na defesa dos direitos dos povos e da soberania e independência das nações. O texto condena explicitamente o bloqueio econômico, comercial e financeiro mantido contra Cuba pelos sucessivos governos norte-americanos desde o começo dos anos 60.