Bloqueo de EEUU nunca podrá doblegar a Cuba, asegura Díaz-Canel.
Havana, 29 de outubro (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel garantiu que os EUA jamais conseguirão dobrar a resistência do povo cubano com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto há quase 60 anos, ainda vigente.
“O bloqueio econômico carece de justificativa política, jurídica ou moral. Afeta a vida de todos os cubanos, viola os direitos humanos e dificulta a comunicação, as viagens e os vistos”, afirmou no encerramento das sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular, em Havana.
Disse que o propósito de Washington é asfixiar a economia, gerar descontentamento e desespero na população, e responsabilizar por todos os problemas as supostas ineficiências do modelo instaurado no país. Entre as medidas hostis adotadas pelo presidente Donald Trump para intensificar o cerco, mencionou as novas restrições às remessas financeiras de emigrantes cubanos residentes nos EUA a seus parentes em Cuba.
Díaz-Canel apontou que os pretextos arvorados pelos EUA são cada vez mais cínicos e vergonhosos, e denunciou as pressões e ameaças sobre terceiros países para que não recebam colaboração médica cubana.
“Não se pode chamar de política o estrangulamento econômico, a perseguição financeira, a pressão a terceiros e a negativa a aceitar uma maneira diferente de fazer as coisas”, sublinhou o presidente cubano.
Ao falar no encerramento das sessões do Parlamento, em Havana, destacou que o povo está escrevendo uma página heroica de resistência ao enfrentar ao mesmo tempo a pandemia, a crise global e o endurecimento do bloqueio norte-americano.
Porém, disse que essa situação permitiu mostrar as capacidades de uma economia planificada e do sistema de saúde no país, que além de atender todos os cidadãos sem exclusões nem diferenças, presta ajuda a outras nações para lidar com a Covid-19. “Tudo isso é fruto do socialismo”, apontou Díaz-Canel.
E atribuiu ao humanismo, à unidade em torno do Partido Comunista e à liderança de Fidel Castro, de Raúl Castro e dos que fizeram a Revolução o fato de uma nação pequena resistir com coragem os ataques do seu adversário, o mais poderoso em termos globais. “Os cubanos estamos demonstrando mais uma vez que sim é possível”, afirmou o chefe de Estado ao falar perante o Parlamento.
Ontem foram aprovadas pelos deputados cubanos quatro novas leis, que têm a ver com as normas do serviço exterior, a organização e funcionamento do Conselho de Ministros, a revogação dos eleitos aos órgãos do Poder Popular, e as funções e faculdades do Presidente e vice-Presidente da República.