Havana, 1° de dezembro (RHC).- O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, tachou de inaceitável a ingerência dos EUA nos assuntos internos deste país.
“Denunciamos a participação direta do seu Encarregado de Negócios na incitação e assistência a atos ilegais contra a ordem pública e as normas sanitárias da Covid-19”, postou no Twitter referindo-se à postura de funcionários da embaixada norte-americana em Havana, especialmente de Timothy Zúñiga-Brown, de apoio direto a provocações violando a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Por sua vez, Carlos Fernández de Cossío, diretor-geral para os EUA no ministério das Relações Exteriores, denunciou a participação do governo norte-americano na farsa do chamado Movimento San Isidro.
“Cuba não vai tolerar dos EUA a intervenção nos assuntos internos e sempre defenderá seu direito à autodeterminação”, declarou em entrevista no principal telejornal desta Ilha.
Indicou que o diplomata esteve várias vezes no lugar onde se realizava uma suposta greve de fome e inclusive transportou pessoalmente alguns dos participantes do show midiático, e ressaltou que noutras ocasiões a embaixada nesta capital tem apoiado figuras e ações desse tipo.
Disse que o governo dos EUA e seus organismos de segurança têm conhecimento e permitem que se ofereçam nas redes sociais pagamentos a quem perpetrar atos terroristas em Cuba, o que faz parte da política de agressões de Washington. “Os funcionários diplomáticos dos EUA atuam como se estivessem acima da lei”, indicou Fernández de Cossío.