Havana, 14 de abril (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou no Twitter a aprovação de mais de 60 medidas encaminhadas a potenciar a produção de alimentos no país, uma das prioridades da gestão do governo.
O pacote foi anunciado num encontro de trabalho online com mais de 1.300 produtores agropecuários, especialistas e cientistas de várias esferas, e representantes de instituições.
Na ocasião, Díaz-Canel chamou a fortalecer tanto o setor estatal quanto as cooperativas e os pequenos proprietários rurais, que nasceram e se desenvolveram com a Revolução, se dignificaram com a Revolução e contribuíram à Revolução.
Afirmou que é preciso implementar as medidas, produzir, comercializar, controlar e continuar no empenho de satisfazer as necessidades da população, além de crescer, avançar e aperfeiçoar o setor.
Na reunião, o vice-premiê Jorge Luis Tapia explicou as medidas e garantiu que foram levados em conta os critérios em todos os níveis, com o propósito de melhorar e incentivar as forças produtivas.
Disse que respondem a problemas associados a questões estruturais, organizativas e produtivas, e à posse e uso das terras, além de aspectos de teor financeiro.
Tapia chamou a garantir que o contrato seja o instrumento de relação entre as formas produtivas e os produtores individuais nos planos de plantação, produção e venda.
Esse é um assunto estratégico, indicou. O pacote tem a ver, entre outros temas, com os preços dos insumos e de alguns itens agrícolas, o processo de contratação da força de trabalho, a comercialização, a promoção de projetos de desenvolvimento local, medidas financeiras e pagamento de impostos.
Ao falar no encontro, o presidente cubano referiu-se à sabedoria e contribuição dos produtores à concepção das medidas aprovadas, a partir de suas vivências e ao alcance que possam ter, e apontou que outras questões continuam sendo examinadas.
“Nos comprometemos a continuar encontrando caminhos e soluções na busca, também, de construir o consenso. Estas são medidas mais urgentes e imediatas que devem ser aplicadas, mas continuaremos, gradualmente, implementando outras ações”, assinalou Díaz-Canel.
Frisou que as novas decisões fazem parte do que foi concebido em Cuba para enfrentar o cenário atual, matizado pelo endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA e o impacto da pandemia.
Isso levou a aprovar a estratégia de desenvolvimento econômico e social, não só para resistir, mas também para avançar e dar maior impulso ao Plano Nacional de Desenvolvimento até 2030 e chegar ao 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba com maior número de diretrizes cumpridas.
O chefe de Estado sublinhou que tem sido um exercício democrático, participativo e inclusivo, onde foram levados em conta os critérios dos produtores estatais e não estatais, e também dos especialistas, acadêmicos, centros de pesquisa, estruturas de direção da agricultura e muitos outros, sobre a base de trabalhar com eficiência.
“Todos temos de fazer algo pelo país nestes momentos, todos temos de entregar-nos à defesa da Revolução”, afirmou Díaz-Canel.