Havana, 26 julho (RHC).- O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel afirmou que a história nos dá força, nos inspira, nos impulsiona e nos alenta, ao pronunciar o discurso no ato pelo 26 de Julho realizado na cidade de Cienfuegos.
As valiosas memórias daqueles jovens, protagonistas dos assaltos aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, que 69 anos atrás mudaram o rumo da história, fazem parte da nossa maneira de entender e de amar a Revolução com a profunda convicção de fazemos parte da mesma. Não podemos explicar o socialismo cubano sem as razões que levaram Fidel e a Geração do Centenário a assaltar quartéis com simples fuzis e um arsenal de ideias, afirmou o presidente cubano.
Certamente, os meios que nos são adversos, dirão amanhã que o presidente cubano atacou o capitalismo com retórica do passado, mas a verdade é justamente o contrário, porque nós queremos impedir o retorno do passado. O futuro não pode ser o passado, sentenciou Diaz-Canel.
Em outro trecho de seu discurso, o presidente cubano destacou que o bloqueio dos EUA contra Cuba é a melhor prova de que o socialismo funciona, porque sob o fogo de ser um país bloqueado, somos referência no acesso à saúde, à educação, níveis de segurança e proteção da cidadania, entre outros.
Cuba não está sozinha, insistiu. Nunca esteve sozinha, porque representa não só a alternativa à ordem injusta e excludente que reina no mundo. Somos também –destacou – a possibilidade que tem este mundo de provar que há espaço para todas as ideias e sistemas políticos.
Na hora de analisar as duras circunstâncias pelas que transitamos no último ano, é justo destacar a solidariedade internacional entre as forças com as que Cuba contou. Emocionam as expressões de apoio de governos, políticos, organizações políticas, grupos de amizade, artistas, intelectuais, grupos religiosos, e de muita gente de todas as partes do mundo que simpatizam com as causas justas.
Em outra parte do discurso, o presidente cubano se referiu às medidas anunciadas recentemente nas sessões do Parlamento cubano que tencionam mobilizar abastecimentos e recursos financeiros, que o país não possui hoje em dia. Comentou que nas próximas semanas serão dados detalhes de sua implementação.
Se quisermos obter resultados positivos em pouco tempo, é preciso agir com seriedade e disciplina, disse Diaz-Canel.
A Revolução Cubana, hoje, é democracia, participação popular, humanismo, vontade de transformação, criatividade, inovação, compromisso, ideais e paixão revolucionária.
Os anos do igualitarismo passaram, porém a justiça social continua nos guiando. Não deixaremos que nos invada a corrupção, vamos combatê-la sem trégua, afirmou.
Levando em conta as dramáticas condições em que se move o mundo, hoje, temos algumas vantagens: a experiência acumulada, que se transforma em resistência criativa, objetivos e prioridades claras e a unidade conquistada ao longo de anos de luta, ponderou.
À nossa geração, sublinhou, corresponde assaltar a ineficiência econômica, a burocracia, a insensibilidade, o ódio, sobre seus restos construiremos a prosperidade possível, sem deixar de exigir Abaixo o Bloqueio! A história nos dá força, nos inspira, nos impulsiona e nos alenta, concluiu. (Fonte: Granma)