Fotos: Prensa Latina.
Buenos Aires, 29 julho (RHC) O embaixador de Cuba na Argentina, Pedro Pablo Prada, e a deputada da Frente de Todos, Gisela Marziotta, destacaram na sexta-feira os laços que unem os dois países e exortaram a defender a soberania e a justiça social.
Durante uma palestra no centro cultural Caras y Caretas, em Buenos Aires, ambos sublinharam a importância do dia 26 de julho para as suas nações e apelaram à preservação dos valores daqueles que lutaram pela liberdade e pelos direitos do povo.
Nesse dia, em 1952, morreu Eva Duarte de Perón (1919-1952), a líder espiritual da Argentina, e um ano mais tarde, jovens liderados pelo líder cubano Fidel Castro (1926-2016) revoltaram-se contra a ditadura de Fulgencio Batista (1901-1973) e invadiram os quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes.
As razões subjacentes à luta de Evita foram as mesmas da Geração do Centenário. Nessa altura, 80% da população cubana viviam nas zonas rurais e 46% eram analfabetos.
Os índices de desemprego, miséria e submissão ao capital norte-americano eram elevados. O país não gozava de uma verdadeira independência e o povo não podia exercer os seus direitos, afirmou Prada.
Prada recordou que um golpe militar tinha violado a ordem constitucional em 1952, portanto, a sublevação era a única opção.
A Revolução, nos seus primeiros anos, cumpriu o programa Moncada e enfrentou o assédio, a guerra e a agressão dos Estados Unidos. Hoje persiste um fator de distorção, que é a existência do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington à Ilha durante 64 anos, afirmou.
Prada denunciou ainda a inclusão do seu país numa lista de supostos patrocinadores do terrorismo.
Prada garantiu que no léxico e na prática política cubana não existem os conceitos de rendição e derrota, e sublinhou que a unidade é um fator determinante nas vitórias obtidas pela sua nação.
Por sua vez, Marziotta destacou que a morte de Evita foi uma notícia muito triste para os argentinos e ressaltou o seu legado.
Evita mudou nossas vidas e foi a primeira revolucionária feminista que exerceu o poder e nos deu a possibilidade de votar e nos tornarmos cidadãs, disse.
Este é um ano complexo, quando se decidirá quem governará a Argentina. É fundamental voltar às bases, recordar de onde viemos e retomar as bandeiras da soberania, da liberdade e da justiça, concluiu. (Fonte: Prensa Latina).