Paris, 09 de novembro (RHC) Na 42ª Conferência Geral da UNESCO, Cuba condenou veementemente o bombardeio israelense contra a população civil palestina na Faixa de Gaza e pediu uma solução de dois Estados.
Em seu discurso no Debate de Política Geral do fórum, a Ministra da Educação da Ilha, Naima Ariatne Trujillo, repudiou os bombardeios que estão destruindo casas, hospitais e infraestrutura civil em Gaza, um dos territórios mais densamente povoados do planeta.
A ministra denunciou a catástrofe humanitária que vive o povo palestino, qualificando-a como de proporções dantescas, e a atribuiu à filosofia da desapropriação, consequência de 75 anos de violação permanente de seus direitos inalienáveis e da política agressiva e expansionista de Israel.
"Cuba exige uma solução integral, justa e duradoura para o conflito israelense-palestino, baseada na criação de dois Estados, que permita ao povo palestino exercer seu direito à autodeterminação e ter um Estado independente e soberano dentro das fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital", ressaltou.
Em outro ponto de seu discurso, apoiou, em nome de seu país, o apelo da UNESCO e, em particular, de sua Diretora Geral, Audrey Azoulay, para que o diálogo, a cooperação e a solidariedade internacionais sejam colocados acima das diferenças e dos conflitos políticos.
Sob essa mesma perspectiva, reiteramos nossa condenação à intensificação das medidas coercitivas unilaterais impostas por alguns países a outros em detrimento desses princípios, disse.
Cuba é uma dessas nações assediadas, neste caso, por mais de 60 anos de bloqueio econômico, comercial e financeiro por parte dos Estados Unidos.