Havana, 11 de abril (RHC).- O presidente Raúl Castro falou na 7ª Cúpula das Américas, no Panamá, e expôs os princípios e valores da Revolução cubana. Destacou o esforço do povo para subsistir diante dos efeitos do longo bloqueio econômico, comercial e financeiro, vigente desde o começo dos anos 60, e da política hostil dos sucessivos governos dos EUA.
Ao iniciar suas palavras, Raúl agradeceu a solidariedade de todos os países da América Latina e o Caribe, que tornou possível a presença de Cuba nessa reunião em condições de igualdade.
Mais adiante, fez uma resenha histórica da luta dos cubanos pela independência e soberania nacional, primeiro contra o poder colonial espanhol e depois contra a dominação imperialista dos EUA, que controlou o país até a vitória da Revolução em 1959.
Recordou o apoio norte-americano às ditaduras militares na região e a política hostil e agressiva contra Cuba durante as últimas quase seis décadas, incluso o bloqueio. E ressaltou que prevaleceu a resistência e as convicções do povo cubano, que conseguiu não só subsistir, mas também ajudar outros povos.
Raúl Castro reiterou a disposição ao diálogo e à convivência com os EUA, e mencionou a decisão do seu homólogo, Barack Obama, de retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.
Porém, recordou que o bloqueio econômico se mantém hoje com toda intensidade, apesar de ser condenado pela imensa maioria da comunidade internacional. Nesse contexto, reconheceu a postura corajosa de Obama de iniciar um debate com o Congresso norte-americano sobre esse assunto.
Em seu discurso na Cúpula das Américas, o presidente cubano reiterou o apoio à Venezuela diante da política hostil dos EUA, e reiterou que o governo norte-americano deve derrogar a ordem executiva que coloca essa nação como uma ameaça à segurança nacional.