Eleições no Equador
Por María Josefina Arce
Em 2025, começa no Equador um ano de eleições na América Latina e no Caribe. Vários países elegerão presidentes, renovarão parlamentos e autoridades locais.
O calendário inicia em 09 de fevereiro no Equador, onde 16 candidatos aspiram à presidência, entre eles o atual chefe de Estado Daniel Noboa, quem ora está completando o mandato de Guillermo Lasso.
Vale lembrar que, em maio de 2023, para evitar sua destituição pela Assembleia Nacional, Lasso decretou a morte cruzada, com o qual dissolveu o órgão legislativo e convocou eleições antecipadas, nas que Noboa venceu.
A principal rival de Noboa é Luisa González, do movimento oposicionista Revolução Cidadã, enquanto os outros concorrentes, de acordo com as pesquisas, não conseguiram angariar apoio significativo.
As pesquisas refletem uma disparidade no favoritismo dos eleitores: alguns se inclinam a favor da atual presidente, do partido Ação Democrática Nacional, e outros a favor de González, a quem dão uma vantagem de 8 pontos percentuais.
A diferença nas urnas correrá por conta dos indecisos, que as pesquisas estimam em pouco mais de 7%.
Sem dúvida, um aspecto que desempenhará um papel importante na votação será o grave problema de segurança que se manteve sob o governo de Noboa, e sua estratégia para combater o alto nível de violência foi questionada por muitos.
Noboa concentrou suas táticas na declaração de estados de exceção, na militarização das ruas e das prisões e na construção de mega-prisões, o que gerou protestos.
Vários setores criticam o fato de não terem sido tomadas outras medidas necessárias para melhorar as condições de vida dos equatorianos e, assim, fechar as portas para a criminalidade.
Além disso, pressiona Noboa o recente desaparecimento e assassinato de quatro menores em Guayaquil, um caso que está sendo investigado pelas Forças Armadas e que provocou um forte clamor público.
Em 09 de fevereiro, mais de 13 milhões de equatorianos também terão de eleger 151 legisladores e cinco membros do Parlamento Andino, em uma eleição marcada por crises em várias áreas e tensões entre as principais figuras do poder executivo do país.