Macri e Temer se unem para atacar a Venezuela

Editado por Martha C. Moya
2016-10-06 15:54:04

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Argentina e Brasil, cujos governos agora são partidários do modelo neoliberal, se uniram para atacar a Venezuela e sua Revolução Bolivariana. Durante sua repudiada visita à Argentina, o presidente brasileiro, Michel Temer, em conluio com seu colega Maurício Macri, ameaçaram tirar Caracas do MERCOSUL.

Macri e Temer, desde que assumiram a presidência, o argentino por meio de eleições e o brasileiro por meio de um golpe parlamentar, endureceram suas agressões e ingerência nos assuntos domésticos da Venezuela, que, em comunicado de sua chancelaria, rechaçou o ultimato de abandonar o mecanismo regional.

Venezuela denunciou que as posturas de Macri e Temer atentam contra a estabilidade desse bloco de integração econômica, comercial e social, cujos outros parceiros são Uruguai e Paraguai, sendo que este último também aderiu aos ataques contra Caracas.

Vale recordar que as três nações se opuseram a que Caracas assumisse no último dia 29 de julho, em Montevidéu, capital do Uruguai, a presidência pro tempore do MERCOSUL, ao que pertence há quatro anos.

O curioso é que os dois presidentes, Temer e Macri, disseram estar preocupados com a situação dos direitos humanos na Venezuela, mas não comentaram como vão esses direitos em seus respectivos países. Esqueceram que tanto na Argentina quanto no Brasil se multiplicaram as dispensas de trabalhadores e as conquistas sociais dos anteriores governos progressistas correm o risco de desaparecer.

Temer e Macri omitem a guerra econômica que castiga o povo venezuelano, testemunha ocular do comportamento dos empresários privados que se apropriam, monopolizam as mercadorias e sobem os preços escandalosamente.

Parecem esquecer, também, as campanhas midiáticas e a violência promovida pela direita para alcançar seu propósito de chegar ao poder e engrossar suas contas correntes pessoais.

Venezuela denunciou que o plano tecido contra esse país consta de ações ilegais e ilegítimas, que não levam em conta os princípios e os paradigmas que fundamentam o modelo integracionista, para implantar o autoritarismo, a intolerância e a discriminação.

A entrada da Venezuela no MERCOSUL significou não só vantagens do ponto de vista comercial e econômico para esse país, graças aos intercâmbios e investimentos com outras nações do continente, como Brasil e Argentina, mas sua entrada também contribuiu para o mencionado bloco.

Com isso, o MERCOSUL passou a ser formado por 270 milhões de habitantes, o que equivale a 70 por cento da população da América do Sul, com um Produto Interno Bruto de 3,3 trilhões de dólares e um território de mais de 12 milhões de quilômetros quadrados.

Contudo, agora os governos de direita do bloco regional estão querendo expulsar a Venezuela, que apesar das repetidas agressões vem propulsando sob a Revolução Bolivariana uma diplomacia de paz baseada no respeito à soberania dos povos e nações do mundo.

 

(6 de outubro)



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