A contribuição de Fidel à luta contra o analfabetismo

Editado por Martha C. Moya
2016-11-30 10:36:03

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Em discurso proferido na Assembleia Geral da ONU, há 37 anos, o líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, expressou: “Basta de palavras! É preciso fatos! Basta de abstrações! É preciso ações concretas!”. Ações concretas que, sob sua liderança, Cuba realizou para erradicar um mal social que ainda hoje, em pleno século 21, continua afetando a humanidade: o analfabetismo.

A partir da experiência da grande epopeia que significou a campanha nacional de alfabetização em Cuba, realizada com sucesso em 1961, nasceu por iniciativa de Fidel o método audiovisual cubano “Yo sí puedo”, dirigido a ensinar a ler e escrever podendo ser adaptado a vários idiomas e línguas originárias. Sua aplicação nos últimos anos beneficiou cerca de dez milhões de pessoas em mais de 30 países.

Na Venezuela, Bolívia e Nicarágua, e no estado mexicano de Michoacán, o índice baixou para menos de 4%. Isso permitiu declará-los territórios livres de analfabetismo pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. O programa cubano chegou a lugares tão distantes como Austrália e Nova Zelândia, onde foi utilizado em comunidades aborígines.

O método “Yo sí puedo” tem recebido várias distinções, entre elas a “Rei Sajong”, concedida pela UNESCO, e a “Mestre 68”, entregue na Espanha por várias instituições. Cabe lembrar que nesse país e noutros do mundo industrializado, como o Canadá, também foi aproveitado esse sistema, principalmente na zona rural.

Sem dúvida, o “batismo de fogo” ocorreu em 2001, no Haiti, onde mais da metade da população era analfabeta nessa época. O “Yo sí puedo”, ministrado com a ajuda de emissoras radiofônicas locais, permitiu ensinar a ler e escrever a mais de 100 mil haitianos. Outro momento interessante foi sua aplicação em penitenciárias da cidade argentina de Rosário, em busca de contribuir à futura reinserção social dos detentos.

O programa precisa de um mínimo de recursos e do apoio dos chamados “facilitadores”, habilitados para orientar os alunos nas comunidades. Condizente com as necessidades, a cultura e o contexto de cada país, pode ser adaptado e traduzido para o idioma local.

Nesse processo, os facilitadores detectaram que alguns dos que não sabiam ler e escrever tinham problemas da vista, e isso permitiu inseri-los noutra missão humanitária, a Operação Milagre, criada pelos líderes Fidel Castro, de Cuba, e Hugo Chávez, da Venezuela. O propósito é prover atendimento oftalmológico gratuito a pessoas de baixa renda.

Aprender a ler e escrever é uma experiência inesquecível e imprescindível. Os beneficiados com o método “Yo sí puedo” agradecem a oportunidade dada pela Revolução cubana e seu líder histórico Fidel Castro, que foi um grande promotor da luta para erradicar a ignorância no mundo.

(M.J. Arce, 29 de novembro)

 



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