Cuba: ciência em favor do desenvolvimento econômico e social

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2017-10-16 11:13:52

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Num mundo caraterizado por profundas assimetrias econômicas e sociais entre países, regiões e continentes, espelhadas na pobreza e na falta de inclusão social, a ciência e a tecnologia constituem instrumentos eficazes para enfrentar os desafios medulares da humanidade.

Porém, a maior parte da capacidade científica e tecnológica se concentra num pequeno grupo de nações industrializadas, enquanto as do chamado Terceiro Mundo sofrem o roubo de cérebros e a apropriação dos conhecimentos pelas multinacionais.

Cuba não é alheia a esta situação. Ao longo de décadas, os sucessivos governos norte-americanos incentivaram a emigração ilegal de profissionais de alto nível de instrução, formados sob os princípios éticos da Revolução que sempre tem apostado nessa área como veículo para as transformações sociais.

A vontade política das autoridades cubanas para garantir a cada cidadão os direitos humanos elementares e promover o desenvolvimento sustentável da economia, em meio a um ferrenho bloqueio dos EUA, levou a que o país seja uma referência nesta esfera.

Os resultados de Cuba foram destacados no recente Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação realizado na cidade japonesa de Kyoto. Lá estavam mais de 800 cientistas, executivos e personalidades de 70 países. A delegação cubana reiterou o compromisso do Estado na construção de uma sociedade socialista próspera e sustentável, baseada no fomento da ciência, a educação, a inovação e a pesquisa científica.

Daí que uma das prioridades seja a formação dos recursos humanos e o aperfeiçoamento do trabalho das instituições científicas para que os resultados possam ter um impacto efetivo a curto, médio e longo prazos.

Na saúde, são múltiplos os medicamentos obtidos nos centros cubanos de biotecnologia. Um deles, o Heberprot-P, é usado há vários anos no país e no exterior para acelerar a cicatrização das úlceras nos membros inferiores de pacientes diabéticos. Cerca de 110 mil pessoas em Cuba e noutras nações têm sido beneficiadas com esse produto, que evita em grande medida a amputação parcial ou total nos casos do chamado “pé diabético”.

Os pesquisadores cubanos também conceberam equipamentos importantes, como o sistema ultramicroanalítico utilizado para detectar malformações congênitas.

No setor agropecuário, essencial para garantir alimentos à população, os cientistas cubanos criaram a primeira vacina contra o carrapato no gado bovino e também uma variedade de fumo resistente a certos insetos.

Cuba, com tenacidade e esforço, tem desafiado nas últimas décadas o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, ainda vigente, e se empenha em alcançar um desenvolvimento notável nas ciências em benefício de toda a população. (M.J. Arce)

 



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