Combate ao narcotráfico: prioridade em Cuba

Editado por Juan Leandro
2014-02-14 14:31:15

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A cada ano cresce no mundo o número de pessoas que consomem substâncias ilegais. O narcotráfico é um mercado que gera lucros milionários, porém, significa também a morte de muitas pessoas vítimas do uso de drogas e da violência.

Essa é uma realidade da qual Cuba não escapa. Por sua localização geográfica, no meio do mar Caribe e na rota dos traficantes internacionais rumo aos EUA, as autoridades têm sido obrigadas a manter sob estreita vigilância o espaço aéreo e marítimo do país.

Uma pequena parte dessas remessas chega ao território cubano de maneira direta ou indireta, principalmente porque os pacotes são jogados no mar pelos traficantes quando notam que são perseguidos pelas embarcações guarda-costeiras de Cuba e dos países vizinhos.

Noutros casos, as remessas são atiradas nas águas por pequenos aviões, dirigidas aos tripulantes de lanchas rápidas que as levam para os EUA. Às vezes, alguns desses pacotes chegam ao litoral cubano levados pelas correntes marinhas. Esses incidentes, somados à atividade de pequenos traficantes locais, alimenta o incipiente mercado interno no país.

Para evitar que o problema se torne maior, as autoridades cubanas levam décadas aprimorando seu trabalho de detecção e apreensão de entorpecentes nos aeroportos, terminais portuários e no litoral.

A Aduana Geral da República tem aperfeiçoado seus métodos e modernizado os equipamentos utilizados para essa tarefa. Cabe recordar que os traficantes, ano após ano, elaboram novas vias para realizar essa atividade ilegal e driblar os controles internacionais.

Em 2013, a Aduana cubana frustrou 43 tentativas de entrada de drogas no país, delas 35 no aeroporto internacional “José Martí” de Havana, a capital.

Cabe destacar que para essa tarefa é imprescindível a colaboração entre as nações. O narcotráfico não respeita fronteiras e o crime organizado se relaciona entre si.

Nesse aspecto, Cuba tem assinado acordos de cooperação na luta contra essa atividade ilícita com 33 países, e mantém tratados de assistência jurídica em matéria civil e penal com 49. Também, é membro do Mecanismo de Coordenação e Colaboração no Combate ao Narcotráfico, assinado pela União Europeia e a América Latina e o Caribe.

O governo cubano participa ativamente dos órgãos da ONU relacionados com essa tarefa. Contudo, os EUA, que são o maior mercado mundial de consumo de drogas, têm rechaçado as propostas feitas por Cuba para trabalhar em conjunto nessa área.

Apesar de o consumo de drogas não constituir hoje um problema social no país, o Estado cubano intensifica os programas de educação e prevenção nessa área, a partir de campanhas nas escolas e na mídia.

Além de combater as eventuais vias de fornecimento de entorpecentes, se presta atenção personalizada aos usuários de drogas ao manter abertos serviços especiais nas policlínicas e centros de saúde, e dar ajuda profissional inclusive pelo telefone, com uma linha confidencial habilitada para essa tarefa.

(M.J. Arce, 14 de fevereiro)



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