IPK: uma referência da ciência em Cuba

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2017-12-07 10:32:09

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Por Maria Josefina Arce

O Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri - conhecido pelas siglas IPK - é reconhecido em nível mundial por suas pesquisas sobre doenças infecciosas como a dengue, zika e chikungunya, que têm alta incidência na América Latina e o Caribe.

Esta instituição completa oitenta anos de vida. Seu trabalho mereceu elogios de organismos como a Organização Pan-Americana da Saúde. O costa-riquenho Enrique Pérez Gutiérrez, chefe do Departamento de Emergências da OPS, destacou em Havana a contribuição do mencionado Instituto para enfrentar doenças infecciosas, emergentes, as que ressurgem e as esquecidas no mundo.

Estas arboviroses não só matam um número considerável de pessoas a cada ano, mas também trazem consigo notáveis prejuízos econômicos devido às verbas destinadas para controlar esse problema de saúde.

Pérez Gutiérres, que participa na capital cubana do Congresso pelos oitenta anos de vida do Instituto, ponderou que os profissionais da saúde cubanos sempre apoiaram as pesquisas da OPS.

De fato, os estudos feitos por esse centro ajudaram a ampliar o conhecimento atual sobre a patogenia, o diagnóstico, a epidemiologia e as manifestações clínicas da dengue, entre outros males.

Os avanços fizeram com que o Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri fosse Centro Colaborador para os Estudos da Dengue e a Tuberculose das Organizações Pan-Americana e Mundial da Saúde.

Um dos objetivos do Instituto é melhorar a qualidade de vida da população cubana e do resto da comunidade internacional e contribuir para o desenvolvimento das ciências biomédicas em geral e da microbiologia, a parasitologia e a epidemiologia em particular.

Vale recordar que só depois da Revolução em janeiro de 1959 recebeu o mencionado instituto todo o apoio necessário para levar adiante a vigilância epidemiológica dentro de Cuba e contribuir em nível mundial com esta importante tarefa.

Em 1993, na cerimônia de inauguração de sua atual sede, o líder histórico da Revolução cubana Fidel Castro pediu que não fosse vista como uma instituição de Cuba e sim da humanidade. Esta indicação norteia o trabalho de seus especialistas e demais trabalhadores.

Muitas doenças infecciosas não frequentes em Cuba são estudadas pelo Instituto de Medicina Tropical, cujo trabalho foi destacado por universidades norte-americanas e personalidades de diferentes países.

Em sua visita a Havana, neste ano, o presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, comentou que o trabalho científico do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri “é uma contribuição muito importante para a humanidade”.

Nesse centro se formaram milhares de profissionais de umas 80 nações, o que fala por si do prestígio internacional com que conta.

Além disso, é um Centro de Referência Nacional no tratamento de pessoas com AIDS e seu trabalho nessa área é um suporte do Programa Nacional de Prevenção e Controle dessa doença com que Cuba conta desde a década de 1980.

Como centro de pesquisa, o Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri lidera muitos projetos ligados a doenças até agora sem cura e seus laboratórios têm sido testemunhas de importantes descobertas.



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